São Paulo - De malas prontas para voltar ao Brasil e se apresentar como reforço palmeirense, o atacante Christian fala o que espera da sua passagem pelo Parque Antarctica, da admiração por Wanderley Luxemburgo e dos motivos para deixar o futebol francês após duas temporadas.

O que falta para você acertar a transferência para o Palmeiras?

Christian: Estou esperando só a ordem para ir para o Palmeiras. Sou muito profissional e não quero passar por cima dos dirigentes.

A idéia de voltar ao Brasil foi sua ou simplesmente aconteceu?

C: Comecei a alimentar essa idéia há oito meses. Cansei um pouco da Europa (depois de três clubes portugueses e dois franceses). Saí cedo do Brasil e pintou a vontade de retornar.

Mas quais foram os motivos? C: Um é o meu filho (Nicolas, de 1 ano), que eu quase não vejo, pois ele mora com a mãe no Brasil. Estou para completar 27 anos (no dia 23 de abril) e essas coisas vão pesando.

E a questão da adaptação?

C: No meu primeiro ano de Paris Saint-Germain fui muito bem porque estava jogando como gosto, de centroavante, e marquei 20 gols. Depois, passei a ser o segundo atacante, que não é a minha característica. Não dá para ficar só correndo pelos outros e não fazer gols. Pedi para sair e fui negociado com o Bordeaux (US$ 11 mi).

Onde também não deu certo...

C: Cheguei ao Bordeaux, conversei com o técnico e combinamos que jogaria mais adiantado. Mas acabei caindo no mesmo caso do PSG. Não consegui me adaptar e pedi para sair.

O que significa jogar no Palmeiras?

C: Sempre tive admiração pelo Palmeiras. Estou muito feliz.

O Luxemburgo te levou para a Seleção Brasileira e já quis você no Corinthians. Pelo jeito, ele é seu fã.

Devo muito ao Luxemburgo, que acreditou em mim num momento importante, me convocando para a Seleção. O Luxemburgo sempre monta times de qualidade e é um técnico com quem todos querem trabalhar.

Você e o Luxemburgo conversaram recentemente, não é?

Foi por intermédio do Machado (o empresário Jorge Machado) e ele queria saber se eu estava bem. O Luxemburgo disse "como é que você vai chegar aqui?"..."estamos te esperando"

O que você conhece do atual elenco do Palmeiras? C: Ainda muito pouco. O Fernando (volante) está lá? Fomos companheiros no Internacional.

É ano de Copa do Mundo e você vai ficar seis meses no Palmeiras. Volta pensando em Seleção Brasileira?

Vou sem esse objetivo. Quero é jogar bem, fazer gols e sei que Seleção é uma conseqüência de tudo isso.

Chegaram a dizer que o Bordeaux não queria te liberar e que os dirigentes não tinham nem recebido proposta do Palmeiras. Qual é a verdade?

C: Ainda preciso da liberação do clube, mas, aqui, todos sabem de tudo que está acontecendo.

E a possibilidade de o Bordeaux pagar parte do seu salário no Brasil?

Não sei nada sobre isso.

Mas, para jogar no Palmeiras, você terá de reduzir os salários? C: Quando decidi voltar ao Brasil, já sabia da situação econômica do país e que teria de abrir mão em alguns pontos. Foi uma decisão planejada.

L! Sportpress