Rio - 29 de janeiro é um dia especial para Romário. O Baixinho completa 36 anos e luta para realizar o último desejo antes de encerrar a carreira: disputar a terceira Copa do Mundo. Mas quem ganhou um presente foi a torcida vascaína. Romário deve voltar quarta da Holanda, onde resolve problemas pessoais, para enfrentar o América, pelo Torneio Rio-São Paulo.
A festa de comemoração de seu aniversário aconteceu no último sábado, em uma boate em que é sócio em Cabo Frio. Mesmo após dançar boa parte da noite, o Baixinho esteve em campo no dia seguinte para comandar a virada sobre o São Paulo e marcar dois gols. Além disso, Romário correu, cobrou faltas, escanteios, orientou os companheiros e até voltou para ajudar na marcação. Tudo para provar a Felipão que ainda pode ser útil ao Brasil na Copa do Mundo.
Romário faz o seu papel: evita polêmicas e marca gols. Além disso, o apelo popular é grande. Ontem, no desembarque da Seleção Brasileira em Goiânia, um grupo de torcedores gritava pelo seu nome. No total, são 744 gols como profissional. O Baixinho só está atrás de Pelé no futebol brasileiro. Nascido em pleno sábado de carnaval, em 1966, no Jacarezinho, Romário foi eleito o melhor jogador do mundo em 1994, ano em que foi a estrela da conquista do Tetra. Com a camisa amarelinha, o Baixinho fez 70 gols em 84 jogos.
Mas a passagem de Romário pela Seleção não é feita só de glórias. Primeiro, em 1985, foi cortado por problemas disciplinares e não fez parte da equipe bicampeã do mundo de juniores na URSS. Em 1990, uma lesão deixou o Baixinho no banco durante a Copa. Já em 98, foi cortado na véspera do Mundial. Desde então foram apenas oito jogos pela Seleção por causa de problemas com os treinadores. E nem o próprio pai do Baixinho acredita em nova convocação. "Acho que meu filho não vai para Copa", disse Edevair Farias.