Rio - Quase tão atordoados quanto apareceram na partida, os jogadores do Flamengo não conseguiam explicar direito mais uma derrota na temporada ao sair do campo da Vila Belmiro. O placar de 2 a 0 para o Santos acabou sendo pouco levando-se em conta o maior volume de jogo do Peixe.
Extremamente abatidos, os atletas rubro-negros respondiam com enorme dificuldade as perguntas feitas. O cabeça-de-área Rocha só conseguiu lembrar dos gols sofridos. "Levamos dois gols de bola parada. Não sei o que está acontecendo".
Já o goleiro Júlio César lembrou que o resultado não chega a ser uma surpresa diante da força do time adversário jogando em casa. Ele lembrou, porém, que na situação que o clube vive não adianta ficar arrumando desculpas. "Não jogamos tão mal. Porém as coisas não estão dando certo para nós. Sabíamos que ia ser difícil. Agora é trabalhar para reverter o quadro".
Para Athirson, trabalhar também é o caminho para se alcançar as vitórias. O lateral admitiu, no entanto, que os jogadores já não sabem direito o que fazer. "Tá difícil, nada dá certo. Não podemos falar que está faltando vontade. Todo mundo está correndo e quer ganhar, mas a vitória não sai. Temos que levantar a cabeça e pensar agora na Libertadores".
O jogador terminou dizendo que não se pode jogar com o nome no clube. Perguntado se ele achava que tinha alguém nestas condições na equipe, Athirson acabou se enrolando um pouco.
"Não sou de ficar falando de companheiros, nem estou acusando ninguém. Mas até Zico e Pelé tinham que matar um leão por dia. Nome não ganha jogo, o passado não conta neste momento".