Inter e Santos empatam em jogo de 6 gols
Quarta-feira, 27 Fevereiro de 2002, 23h29 Atualizada: Quinta-feira, 28 Fevereiro de 2002, 00h14
São Paulo – O Inter ficou mais perto da classificação às oitavas-de-final da Copa do Brasil ao empatar, por 3 a 3, com o Santos, na noite desta quarta-feira, na Vila Belmiro. Agora, os gaúchos jogam em casa por um empate por até 2 a 2 para avançar.
Foi uma partida aberta, com lances ofensivos de lado a lado até metade do segundo tempo – em parte por falhas defensivas, em parte pelo talento de armadores e atacantes. A partir daí, as duas equipes cansaram e, além disso, o Inter se satisfez com o empate em três gols, fechando completamente sua defesa.
Oséas, pelo Santos, e Fernando Baiano, pela equipe gaúcha, foram os grandes nomes do jogo: cada um marcou dois gols.
Mal começou o jogo e o Santos foi com tudo para cima da frágil defesa do Inter. Com um 1 minuto, Robert cobrou falta da intermediária e Odvan se antecipou à zaga, cabeceando sem problemas para o canto esquerdo.
Aos 6, o Inter conseguiu sair do sufoco e, em seu primeiro ataque, marcou o gol do empate. Fernando Baiano recebeu fora da área, ameaçou passar e girou para a direita, chutando forte, rasteiro, no canto direito.
O Santos voltou a forçar, adiantando seus dois alas ao mesmo tempo. E marcou o seu segundo gol graças a isso. Aos 10, Robert abriu uma bola para Léo, que driblou Márcio e foi ao fundo; seu cruzamento encontrou Michel na direita; este chutou mal, mas a bola encontrou Oséas no canto da pequena área, pela esquerda; e ele cabeceou no canto direito.
O técnico do Inter, Ivo Wortmann, ia à loucura. Sua defesa jogava sem proteção à frente e sem sobra atrás. O volante Alexandre foi recuado para terceiro zagueiro. Com isso, o Santos ficou com um homem a mais no meio-campo e acentuou seu domínio. Mas passou a ter dificuldades para entrar na área, que ficou mais congestionada.
No Inter, o apático Fabiano não participava dos lances de ataque nem recuava para a marcação. Com grandes espaços, e avançando os volantes Paulo Almeida e Marcelo Silva, o Santos evoluía em rápidas trocas de passes; num segundo momento, explorava as laterais do gramado, com Michel e Léo. Aos 25, Robert deixou Willian livre na direita. Willian cruzou à frente do gol, mas faltou um pé para concluir.
Apesar do domínio, o Santos não exibia uma defesa confiável. Seus três zagueiros tentavam antecipações fora de hora e de lugar e falhavam.
Aos 32, numa bola alçada na área, Cléber segurou Carlos Miguel fora da jogada, cometendo um pênalti infantil. Fernando Baiano bateu rasteiro, no canto esquerdo, enquanto Fábio Costa se atirava para o direito.
O time de Celso Roth sentiu o golpe. Se não cedeu mais espaços, também perdeu a confiança para as jogadas de ataque.
Para o segundo tempo, o técnico mudou o esquema tático. Saiu do 3-5-2 para o 4-4-2, substituindo o zagueiro Odvan pelo meia-atacante Diego.
Aos 6 minutos, o Santos obteve uma vitória a longo prazo: Fernando Baiano recuou para a marcação e recebeu o terceiro cartão amarelo. Não jogará a partida de volta, no Beira-Rio, quarta-feira próxima.
Logo depois, o Santos, mais encorpado com a entrada de Diego no meio-campo, chega ao terceiro gol: Oséas entra pela meia-direita, toca em Robert e recebe na frente; na saída de João Gabriel, ele chuta cruzado, no canto direito.
Quem marcava um gol, buscava de mais, relaxando na marcação. E o Inter chegou novamente ao empate aos 16. Fernando Baiano, livre pela esquerda, cruzou rasteiro à frente do gol; Fabiano, que entrava pela direita, só teve o trabalho chutar forte, de pé direito, no canto esquerdo.
Aos 20, o Inter quase chegou ao quarto gol. Diogo Rincon invadiu a área pela direita, passou por Fábio Costa e, com pouco ângulo, chutou no poste esquerdo.
Aos 25, começaram as vaias da torcida do Santos. Aos 27, Celso Roth trocou o maestro Robert, que cansara, por Esquerdinha. Ivo Wortmann respondeu trocando seu condutor, Carlos Miguel, pelo zagueiro Duílio.
Aos 29, sem tocar na bola, nem no adversário, Duílio tomou cartão amarelo, num erro do árbitro, que marcou falta na risca da área. Diego cobrou e João Gabriel faz grande defesa.
Com os dois times cansados, o jogo foi se arrastando: só jogadas simplificadas, com levantamentos para a área. Fechado, deixando na frente apenas Fábio Pinto, que substituíra Fernando Baiano, o Inter preferia não ir ao ataque, mas com isso corria mais riscos. Aos 44, Michel chutou cruzado na pequena área e o zagueiro Ronaldo quase marcou contra.
O árbitro deu cinco minutos de acréscimo, mas quem quase chegou ao gol foi o Inter. Aos 48, Diogo Rincón cabeceou com perigo, à esquerda da trave.
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Santos
3
X
3
Inter-RS
Local
Estádio: Vila Belmiro (Santos,
SP)
Público
não divulgado
Renda
não divulgada
Juiz
Alício Pena Jr. (MG)
Gols
Odvan (S) 1, Fernando
Baiano (I) 6, Oséas (S) 10, Fernando Baiano (I) 32 do primeiro tempo;
Oséas (S) 8, Fabiano (I) 16 do 2º
Cartões amarelos
Odvan, Cléber, Marcelo Silva,
Robert (S), Bernardi, Alexandre, Carlos Miguel, Márcio, Fernando
Baiano, Diogo Rincón (I)
Santos
Fabio Costa, Preto, Odvan
(Diego 46) e Cléber; Michel, Marcelo Silva, Paulo Almeida, Robert
(Esqauerdinha 71) e Léo; Willian (Tiago 68) e Oséas. Técnico:
Celso Roth.
Inter-RS
João Gabriel, Márcio,
Bernardi, Ronaldo e Cássio; Alexandre, Claiton, Diogo Rincón
e Carlos Miguel (Duílio 73); Fabiano (Leandro Guerreiro 84) e Fernando
Baiano (Fábio Pinto 76) . Técnico: Ivo Wortmann.