Rio - João Carlos já assumiu sob pressão. Desconhecido da maioria dos torcedores rubro-negros, era visto com desconfiança, que só aumentou com a seqüência de resultados ruins. A vitória contra o Once Caldas era indispensável para sua permanência no cargo, ele mesmo admitiu. O resultado de 4 a 1 serviu então, mais a ele do que a qualquer outro, para amenizar sua situação.
“Não podíamos nos desesperar em nenhum momento, mesmo diante da situação que estávamos. Acredito que a tranqüilidade foi indispensável para conseguirmos a vitória.”
O treinador teve que explicar a substituição de Petkovic por Roma, na hora vaiada pela torcida, mas que acabou surtindo efeito já que o baixinho marcou o segundo gol e depois a equipe subiu de produção.
“Precisava colocar um atacante. Podia tirar o Juninho, mas optei pelo Pet. São dois grandes jogadores, que podem atuar juntos ou eu posso usar apenas um”, revelou, dando indícios que pode tirar o iugoslavo do time.
Sobre o esquema, com três zagueiros, João Carlos explicou que pretendia dar mais consistência defensiva à equipe. E gostou do resultado, graças, segundo ele, a Leandro Ávila, principalmente.
“Ele fez uma grande partida, segurando ali na frente dos homens da defesa. Pedi também para os laterais segurarem mais um pouco. Deu certo.”
Para o técnico, o resultado positivo chegou devido a um trabalho em conjunto, onde todos mostraram grande união. “Houve uma soma entre diretoria, torcida, comissão técnica e jogadores.”
E Zico, que foi na véspera ao treino na Gávea, alguém perguntou. “Ele também contribuiu. Foi importante, maravilhoso” exagerou.
Alívio à parte, João Carlos sabe que o time ainda terá que evoluir para alcançar os resultados esperados antes do início da temporada. Segundo ele, esta evolução está mais fácil de ser alcançada depois do jogo com o Once Caldas.
“Não poderíamos ter outro resultado. Isso traz uma carga muito grande. Agora, livre de tanto peso, o time já pode apresentar melhoras para a próxima partida.”