Curitiba - O ex-presidente atleticano, Mário Celso Petraglia, reuniu grande parte da imprensa curitibana neste sábado em sua nova casa. Era para ser apenas um almoço comemorativo e também de despedida. No entanto, Petraglia resolveu desabafar após os comentários dos conselheiros que permaneceram no clube.
Petraglia leu sua carta-renúncia e esclareceu todos os pontos. O mais polêmico foi o 10, sobre a fiscalização futura do ex-presidente na administração do clube. O item havia sido comentado, em nota oficial, pelos integrantes do Conselho Gestor como forma de colocar sob suspeita todos os dirigentes que estão no Atlético.
"Está claro que é no futuro. O verbo está no futuro. Não vou na reunião dar satisfação", avisa Petraglia.
Em sua carta, o dirigente revela que sua decisão é irrevogável. Mas, a pressão da torcida para que ele volte ao poder atleticano, com a operação "Fica Petraglia" que pretende conseguir 300 mil assinaturas, pode estar o colocando em dúvida.
"A pressão da torcida me balança. Mas, vou fazer força para não voltar ao Atlético", disse.
E depois de toda a confusão de mal interpretações de sua carta, Petraglia revelou que não teria clima para trabalhar com as mesmas pessoas que estão no clube.
O ex-dirigente explicou que foram vários os motivos que o fizeram pedir renúncia. Entre eles, motivos pessoais e também algumas intrigas. Nestas estariam posições tomadas pelas pessoas ligadas ao futebol que não o agradaram, tais como as negociações com o zagueiro Nem e com o técnico Geninho. No 9 item de sua carta-renúncia, Petraglia deixa claro que está mudado:
"(...) chegou a hora, não estou feliz, não estou mais me realizando e não sou mais o mesmo, (...), tenho transigido, tenho deixado acontecer fatos que no início nem passariam pela minha cabeça, (...)", disse Petraglia em sua carta.
Para completar seu esclarecimento sobre a renúncia, o homem que transformou o Atlético afirma que não é insubstituível. "Nós passamos e o Atlético fica", completou.