Rio - Aos 19 minutos do segundo tempo, o Flamengo pressionava o Vasco e tentava a virada no Maracanã. Após um erro do ataque, Romário caminha até a linha lateral, pára em frente ao banco vascaíno e desaba no gramado.
Logo, se forma um aglomerado de pessoas e o atacante é atendido pelo médico Clóvis Munhoz. Alegando estar com uma indisposição provocada pelo forte calor, ele pede para ser substituído.
Romário permaneceu imóvel, com a cabeça entre as pernas, por cerca de três minutos. Durante o tempo, foi obrigado a escutar o grito de Edmundo vindo da torcida vascaína. O Baixinho só conseguiu deixar o campo com a ajuda de membros da comissão técnica.
No vestiário, ele tomou um rápido banho frio e caminhou até o carro amparado pelo amigo Wilsinho. Ainda com tonturas, sentou-se no banco do carona e saiu do Maracanã, antes do fim do clássico, sem dar declarações.
"Ele me relatou que começou a se sentir tonto durante a partida e teve a sensação de desmaio. Foi atendido, mas como os sintomas persistiram, optamos por retirar o jogador da partida", explicou Alexandre Campello, médico do Vasco.
Não é a primeira vez que Romário sente-se indisposto. Em 95, durante um treino na Gávea, o Baixinho chegou a desmaiar após passar mal. Já na estréia do Vasco no Brasileiro de 2001 contra o Gama, o atacante deixou o campo alegando estar tonto.
Evaristo garantiu que Romário não se sentia bem desde sábado. Mas a versão do treinador não teve respaldo do departamento médico. "Ele não se queixou de nada antes. Só no jogo", disse Campello.
Romário foi sorteado para o exame antidoping e teve que fazer a coleta de urina em casa. "Ele está bem. Saiu do calor e procurou hidratar-se", disse Campello.