Rio - Agonizando na Libertadores da América. Eliminado do Torneio Rio-São Paulo. Vice-lanterna do Campeonato Estadual e correndo o risco de ser rebaixado numa competição em que os principais adversários entram em campo com times reservas. Um panorama nada digno de um clube pentacampeão nacional e campeão mundial. A decadência do Flamengo de hoje, no entanto, pode ser precisamente medida pela atitude desesperada da sua esfacelada diretoria com relação à próxima partida.
Com apenas R$ 1, o preço de um picolé, o amargurado torcedor rubro-negro poderá assistir ao ‘clássico’ de domingo, contra o lanterna América, em Moça Bonita, pelo Rio-São Paulo. O preço de liqüidação expõe o desespero de um clube afogado numa dívida de R$ 160 milhões e sem receitas à vista, diante da catástrofe de seu time em todos os torneios disputados neste primeiro semestre. A palavra crise, tantas repetida na Gávea, já não serve mais para definir a situação. O Flamengo vive um verdadeiro caos, com um agravante.
Dias ainda mais conturbados parecem estar vindo por aí. A oposição resolveu dar entrada no processo de impeachment do presidente Edmundo Santos Santos, como primeiro passo para acabar com o ''descalabro'' e a humilhação de que tem sido vítima a nação rubro-negro, abalada em sua auto-estima e pode estar perdendo a alegria de ser rubro-negra.