São Paulo - O Corinthians romântico, dos três atacantes e três meio-campistas de toque refinado, enfrenta neste domingo, o Botafogo, cujo esquema é baseado na forte marcação de três zagueiros e dois volantes pegadores.
Às 16h, no Morumbi, os técnicos Carlos Alberto Parreira e Abel Braga confrontam o futebol de estilos clássico e força. No Timão, o 4-3-3 vem surpreendendo. Como diz o técnico corintiano, foi o próprio time que "decidiu" jogar de forma ofensiva. O ponto de partida foi contra o Jundiaí, ainda na quarta rodada.
“Estávamos perdendo por 2 a 1 e lancei Deivid no lugar de Renato. O time foi tão convincente (acabou 2 a 2) que resolvi apostar”, diz Parreira.
De lá para cá, com dois pontas abertos e Leandro flutuando no ataque, o Corinthians deslanchou. “Não é um Botafogo de Garrincha e Quarentinha, mas é um ataque difícil de marcar. O adversário muda o posicionamento e os espaços aparecem”, diz o técnico, citando um time que, para ele, tinha uma das melhores duplas de pontas da história.
Para o corintiano Vampeta, que atuou no PSV em 1994/95 e em 1997, o Corinthians de Parreira é uma evolução no futebol mundial.
“O último time que vi jogar com dois pontas abertos assim foi o Ajax (campeão europeu e do mundo em 95). Jogava com Overmars pela esquerda, Kluivert pelo meio e o (meia que jogava aberto, George) Finidi pela direita. Era um timaço!”, lembra.
No Botafogo, as laterais também são exploradas, mas pelos alas. Cicinho e Leonardo Inácio são os principais armadores da equipe. Grande parte dos 15 gols de Dodô na competição nasceu em jogadas dos dois.
Tudo bem, Deivid não é um Finidi, muito menos um Garrincha. Fabiano, o homem da sobra do Bota, está longe de ser um Baresi, mas se os esquemas estão funcionando, Timão x Botafogo promete ser espetáculo.