Apesar de ter ficado conhecida como a cidade mais católica do Brasil, União da Serra não é uma cidade de fiéis praticantes, segundo afirma o padre Osmar Burille. "Quando se vê o número de católicos, nós dizemos que o povo foi batizado. Mas se você me perguntar os praticantes, olha, o povo não é de ir todo o domingo à missa".
"Acontece que eu tenho 19 comunidades e em cada uma dessas é tradição de fazer duas festas em cada capela. O povo convida e vai naquela comunidade que tem a festa, isso une, mas dizer que participa na capela domingo, não é tanto como parece", diz.
Ele diz que ao se deparar com essa pouca assiduidade pensou em ir embora, mas logo desistiu da ideia. "É uma motivação a mais ser reconhecida como a cidade com o maior número de católicos por habitante. Por outro lado, gostaria que o povo fosse mais perseverante. Porque digo que uma coisa é ser batizado e outra coisa é participar e até porque agora temos uma responsabilidade maior de manter essa marca, porque é uma identidade, estamos reconhecidos no Brasil", comemora.
Igreja matriz de União da Serra
Crédito: Daniel Favero