Líder nas pesquisas, Toledo quer para vencer no primeiro turno
Os candidatos vivem uma verdadeira "guerra de nervos", na qual já esgotaram seus últimos recursos de campanha na noite de quinta-feira, quando terminou o prazo legal para manifestações públicas, fazendo um mar de promessas. O objetivo é conquistar o voto dos indecisivos, que representam uma grande fatia do eleitorado, que só devem decidir quando estiverem na cabine de votação.
A campanha eleitoral esteve impregnada de elementos de "guerra suja", verborragia e grandes ofertas eleitorais que aumentavam com o passar dos dias, a medida que se aproximava o dia da votação. As equipes de campanha atacaram a vida particular de alguns candidatos, sugerindo a existência de filhos não reconhecidos, antigas noites de jogatina, uso de entorpecentes e acusações de associação com Vladimiro Montesino, ex-assessor de Fujimori e líder de uma rede de corrupção no antigo governo.
Em seu último comício numa praça de Lima, Alejandro Toledo pediu apoio para ganhar no primeiro turno, para evitar mais gastos para o Estado e "porque o país não pode esperar mais um dia para buscar o desenvolvimento". Disse que deseja ver sua pátria limpa da corrupção, livre de egoísmos, sem revanchismo, sem perseguição, mas sem impunidade também.
Lourdes Flores, por sua vez, pediu o apoio popular para chegar ao segundo turno. Durante um comício em Arequipa (sul do Peru), ela se definiu como a personificação do novos tempos para o País e ressaltou que seu eventual governo vai demarcar uma linha divisória com o passado. "Não devemos perder tempo olhando para o ontem, nem devemos cometer os mesmos erros, devemos tomar o caminho do futuro com fé e sonhos", disse.
O social-democrata Alan García terminou sua campanha na cidade de Trujillo, na costa norte do País, onde se comprometeu a colocar o Estado para defender os interesses do povo, se for eleito no domingo. O ex-presidente questionou a abertura liberal realizada no governo de Fujimori, a quem culpou pelo desemprego, quebra da indústria, recessão, atraso agrário e abandono das necessidades populares de "educação e saúde gratuitas".
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