Terrorismo é tema recorrente nas produções de Hollywood
Rafael Spuldar/Redação Terra
O temor dos americanos quanto a ameaças terroristas tem sido um tema bastante explorado pelos estúdios de Hollywood. Vários filmes, de maior ou menor qualidade, mostram agentes dos Estados Unidos lutando contra "vilões" saídos do Oriente Médio, da Irlanda do Norte ou dos países da antiga Cortina de Ferro. Em muitos casos, as tramas são fracas e superficiais, servindo como mero apoio para um sem-número de explosões, tiros e perseguições mirabolantes.
O exemplar mais bem-sucedido entre essas produções foi a série Duro de Matar, iniciada com o filme de mesmo nome (Die Hard, 1988) dirigido por John McTiernan. Bruce Willis é John McClane, um policial de Nova York que vai a Los Angeles passar o feriado de Natal com a mulher (vivida por Bonnie Bedelia), funcionária de uma grande companhia japonesa. Durante uma festa dada na sede da companhia, um grupo de terroristas – liderados pelo personagem de Alan Rickman – toma o prédio e mantém os convidados como reféns. Cabe a McClane tentar reverter a situação, enfrentando sozinhos os "homens maus".
A seqüência foi Duro de Matar 2 (Die Hard 2: Die Harder), realizada por Renny Harlin em 1990. Desta vez, McClane espera por sua mulher no Aeroporto de Hulles, em Washington, na véspera de Natal seguinte ao seqüestro do primeiro filme. Desta vez, o local é tomado pelo grupo de um militar renegado americano (William Sadler). Ele domina a torre de controle e espera pela chegada de um político da América do Sul (Franco Nero), que participaria de um julgamento sobre seu possível envolvimento no tráfico de drogas. O grupo ameaça então causar a explosão de vários aviões, e o personagem de Bruce Willis resolve entrar em ação.
Em Duro de Matar - A Vingança (Die Hard with a Vengeance, 1995, de John McTiernan), John McClane está em Nova York: suspenso pelo Departamento de Polícia, separado da mulher e enfrentando o alcoolismo. As coisas ficam mais complicadas quanto o protagonista é usado como contato pelo terrorista Simon (Jeremy Irons), que coloca bombas em pontos públicos da cidade, mas não sem antes deixar pistas em forma de charadas. O policial descobre depois que Simon deseja se vingar, pois seu irmão, também um extremista, foi morto pelo personagem de Bruce Willis no primeiro filme. Samuel L. Jackson está no elenco.
Realizado em 1994 por Stephen Hopkins, Contagem Regressiva (Blown Away, 1994) traz Jeff Bridges como um veterano do Esquadrão Anti-Bombas de Boston que planeja a aposentadoria. Entretanto, suas intenções são adiadas com a fuga de um terrorista do IRA (Tommy Lee Jones) de uma cadeia da Irlanda do Norte. No passado, o agora foragido fora professor do policial, na época um irlandês revolucionário. O personagem de Bridges discordou com planos de matar civis inocentes, e sabotou o atentado de seu mentor. No presente, o terrorista planeja acionar inúmeras bombas em Boston e ficar cara a cara com o antigo desafeto.
O Chacal (The Jackal, 1997), dirigido por Michael Caton-Jones, é levemente inspirado em O Dia do Chacal (The Day of the Jackal), filme realizado em 1973 por Fred Zinnemann (baseado no livro de Frederic Forstyh). No longa original – um thriller inteligente e concebido praticamente como um documentário –, um assassino contratado tenta matar o presidente da França Charles de Gaulle, enquanto é perseguido por forças de segurança. Na nova versão – um festival de pirotecnia vazia e sem sentido –, Bruce Willis é pago pela Máfia russa para assassinar uma grande figura política americana, e é perseguido pelo FBI com o auxílio de um integrante do IRA (Richard Gere).
Um homem suspeita que seus vizinhos não são o que parecem ser. Este é o ponto de partida de O Suspeito da Rua Arlington (Arlington Rd., 1999), filme dirigido por Mark Pellington. Michael Faraday (Jeff Bridges) é um professor universitário cuja mulher, uma agente do FBI, morreu em ação por terroristas de extrema-direita. Quando Michael conhece melhor seus novos vizinhos (Tim Robbins e Joan Cusack), ele suspeita das informações contraditórias por trás de sorrisos expansivos e gestos bem-educados. Em sua paranóia, o professor cai em dúvida e resolve investigar, descobrindo uma verdade que pode ser mortal.
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