Cobertura da morte de McVeigh vira espetáculo mórbido
Daniel Bittencourt/Redação Terra
A morte do maior terrorista doméstico dos Estados Unidos virou um espetáculo mórbido nas redes americanas de televisão. Um a um, os jornalistas que acompanharam a execução de Timothy McVeigh comentaram detalhes sobre a execução, em uma entrevista coletiva organizada no próprio presídio federal de Terre Haute, em Indiana.
A imprensa não teve acesso à câmara da morte da penitenciária - teve de acompanhar em uma sala pelo circuito interno de televisão. Em detalhes, os jornalistas comentaram passo-a-passo os últimos minutos de vida do terrorista. Desde a agitação de seus olhos, a respiração ofegante até a perda de cor de sua pele.
Inicialmente, a previsão era que o coquetel de drogas aplicado na perna direita de McVeigh fizesse efeito em um minuto. Entretanto, ele só foi declarado oficialmente morto nove minutos depois, às 9h14 (horário de Brasília).
Segundo os relatos, após a injeção, McVeigh ergueu levemente a cabeça e fez contato visual com as testemunhas de sua execução antes que o coquetel de drogas aplicado para matá-lo fizesse efeito. Depois, olhou para o teto e fechou os olhos bem devagar.
McVeigh não fez a esperada declaração, onde diria sair vitorioso da guerra contra o governo americano. Ele apenas deixou um trecho do poema Invictus, de William Ernest Henley: "I am the master of my fate: I am the captain of my soul" (Sou o senhor da minha fé: o capitão da minha alma).
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