Como começou na política? De onde surgiu o interesse?
Recentemente, devido a fatos pessoais na minha vida, até de conhecimento público, e injustos porque percebi que a coisa é falha e não está dentro da lei. Imagino quantas pessoas sofreram outras coisas parecidas. Então, pensei que talvez possa ajudar.
Você está se referindo ao caso do “roubo dos vasos no cemitério”?
Eu fui absolvido duas vezes, não houve roubo e eu não toquei em túmulo nenhum. Era um monte de lixo e o lixo não tem dono. Para quem quiser consultar, posso até passar o número do processo. Primeiro que o juiz não queria me julgar. Ele era um homem muito fino me disse assim: “olha Ronaldo, não vou te dar trabalho social nenhum. Eu sei que você queria salvar uma coisa bonita. Vou arquivar e você vai vir aqui, durante um ano, dar conta da sua vida”. O meu advogado não aceitou o acordo e me explicou que eu teria que vir todo mês ali e era melhor tentar o julgamento, porque eu iria ser absolvido. No fim, nós ganhamos. Esse tipo de coisa arbitrária acontece aos montes, acho que tem que ter um regulamento disso.
Em relação à Justiça?
Não é? Há uma injustiça muito grande em relação a isso. Esse cemitério deve ter no mínimo 200 anos. Você já ouviu falar de algum vaso ou de um caco de mármore que saiu de lá de dentro? Quantas obras de arte existem dentro do cemitério que poderiam ser salvas depois que os túmulos são desativados ou as famílias desaparecem? Onde vão parar essas coisas? Lá mesmo, um dia antes de acontecer aquele fato comigo, uma família doou para a uma pinacoteca uma estátua que estava sobre um túmulo, uma estátua de Brecheret. A única condição era que a pinacoteca fizesse uma cópia em resina e pusesse no lugar.
Como foi a filiação ao PTB? Você acompanhava política antes?
Olha, nunca fui filiado a partido nenhum e há dois anos me filiei ao PTB. Um dia eu falei no programa da Luciana [Gimenez] que eu queria ser político e aí todo mundo ligou para cá (risos). Conversei com quase todos e fiquei no PTB.