Candidato a deputado, Ronaldo Ésper diz que o Brasil é um cabaré e um cassino

A opção pelo PTB teve algum motivo especial?
Eu me filiei ao PTB porque naquele ano estavam entrando muitos artistas. Tanto que aquele que canta o girassol, como é o nome dele mesmo? Já vou lembrar... E esse ano estava ele, o Sérgio Malandro, a Marly Marley e eu pensei que ia ser legal, porque são vários e ia ser um bom elenco, mas uma semana antes [da eleição de 2008] eu achei que não era o momento ainda e desisti de concorrer como vereador. No fim, ninguém foi eleito, só esse cara aí que esqueci o nome, aquele que canta com o girassol.

Por que não era a hora certa?
Uma semana antes eu tive uma conversa com eles [o partido] a respeito de várias coisas e acho que eles chamaram todo mundo para falar sobre o projeto e penso que eles discordavam de algumas coisas minhas. Aí eu falei que era melhor esperar, porque achava que tinha uma certa “dureza”. Continuei lá, e eles [o PTB] disseram: "desta vez você não vai, mas vai para deputado".

Mas agora você está no PTC, certo?
Quando o Clodovil morreu ficou aquele vazio e logo depois fui procurado pelo partido e eles me ofereceram a candidatura a deputado. O convite, como para qualquer outro artista ou pessoa conhecida, é para puxar votos. O Clodovil, por exemplo, elegeu mais dois. Todo o partido tem puxadores e eu aceitei sabendo que era isso. Agora, passado algum tempo, comecei a pensar em algumas coisas, projetos, a moda. Sinto-me na obrigação e estou decidido a ir para trabalhar nessas coisas.

Luciana Gimenez está apoiando sua candidatura? O pessoal da RedeTV! também? Como ficou a relação com a saída da emissora?
Quando eu saí de lá, eles não sabiam que eu seria candidato porque estava indeciso. Um dia eu era, e no outro não. Tinha muitas dúvidas. Uma vez ela me disse: "não se meta nisso". Mas eu respondi para ela que sei que vou "parar no inferno", que Brasília é um inferno. Quando assinei todos os papeis do registro da candidatura, eu pensei na famosa frase de Júlio César quando voltou da guerra e Roma estava um borogodó: "a sorte está lançada".

Ronaldo Ésper diz que sabe que atuará como “puxador de votos”, mas quer realizar projetos para desenvolver a moda no País. Foto: Divulgação
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