Sua carreira artística como dançarina não parou mesmo com a atividade parlamentar?
De jeito nenhum. E não vai parar. Até porque a população que me elegeu fez isso com a perspectiva de ter alguém diferente lá. Continuo sendo dançarina, continuo sendo artista que o povo elegeu. E não vou parar tão cedo. Quando estiver mais velha para ser dançarina, quem sabe não monto uma escola, participe de projetos para a população carente.
Você avalia que a vitória em 2008 acabou não sendo uma surpresa, pelo seu histórico como dançarina que já tinha o carinho da população
Não foi uma surpresa porque o povo, quando chegávamos na rua, ficava em volta de mim, me abraçava, me beijava. O povo tirava foto, pedia autógrafo. Era uma loucura. Era surpresa quando as pessoas achavam que era mais uma candidata bizarra, caricata, alguém que queria apenas se mostrar. Mas mostramos que não é assim. Fazemos um bom trabalho, temos uma boa assessoria, há pessoas ao redor que também nos dão esse apoio. Estamos cobertos pelo povo que nos elegeu, os eleitores dos bairros carentes, da periferia. A gente mantém essa aproximação.
Agora você tenta uma cadeira na Assembleia Legislativa. Quais são seus projetos?
Pretendemos levar as questões que já trabalhamos na área municipal. Também tem as demandas da questão LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), de crianças e adolescentes, que não estão ainda bem defendidas ou bem tratadas no âmbito estadual. Vou levar minhas bandeiras enquanto vereadora também para a Assembleia Legislativa.