Davi Lemos
A dançarina Leo Kret faz questão de ser chamada pelo novo nome civil que, ao final, ainda traz a lembrança de sua origem: “Do Brasil”. A primeira vereadora transexual da Câmara Municipal de Salvador promete mais uma vez agitar o cenário das eleições, desta vez alçando voos mais altos: tentará uma cadeira na Assembleia Legislativa baiana, pelo PR. Disse não ter sofrido preconceitos dos colegas de legislativo soteropolitanos, embora lembre que, na sessão de posse, a identificaram pelo nome antigo nome: Alecsandro Santos. Aliás, é deste nome que vem o apelido, hoje nome, Leo. O Kret, como explicou, vem de cretina, devido à forma sensual como dançava ainda nos tempos de colégio.
A vereadora demonstra não ter maiores preferências pelos candidatos ao governo Geddel Vieira Lima (PMDB) ou Jaques Wagner (PT). “No final, todos apoiam Dilma”. Sendo confirmada como candidata, Leo afirmou que fará parceria com ACM Neto (DEM), candidato à reeleição para a Câmara Federal. Sem muita preocupação com as convenções partidárias, Leo Kret espera que os políticos se empenhem com mais propriedade às causas populares.