O fato de você ter sido um ídolo do Botafogo não atrapalha? Torcedores de outros times de repente não vão querer votar em você...
Pelo contrário. Eu ganho mais voto. É a facilidade do futebol. Quem não torce pro Botafogo, mas gosta de futebol também vota em mim.
Você uma vez comentou – foi uma declaração um pouco polêmica – que tem muitos jogadores que são gays e não assumem. Você ainda pensa isso?
Não são muitos não, são poucos. Mas não é só no futebol não. É em todas as áreas. Vôlei, basquete, na política, na arte, no cinema. Eu não tenho preconceito nenhum, pelo contrário. Acho que todo mundo tem que fazer aquilo que se sente bem.
Você acha que o futebol é um ambiente muito machista?
Com certeza. É mais machista do que outros, né. Mas já está mudando esse sentimento.
E no caso do seu projeto do Portal da Transparência? Uma questão pessoal cada um guarda para si, mas e se na hora de revelar informações públicas um colega seu não se der muito bem? O que você faz?
O meu Portal tem a ver com a questão do Executivo. Tudo o que a prefeitura e o Estado fizer – contratos, licitações – é nesse sentido.
Mas expor o orçamento é o ponto de partida para descobrir irregularidades?
É uma obrigação. É dinheiro público, é dinheiro do povo. Então o povo tem que saber.