Mais uma coisa sobre esporte: você já viveu fora, já jogou fora do Brasil e sabe como são as negociações de jogadores para o exterior. Você acha que tem aí um problema de política?
Esse é um assunto que já foi tratado algumas vezes. Hoje em dia está tudo mais claro, mais transparente. Todo mundo agora tá de olho. Ministério Público, a Fifa, a própria CBF. Então todo mundo tem que prestar declarações para que não possa a Receita Federal cair em cima. Então todo mundo está preocupado em fazer as coisas direito. Já está superado isso aí.
Nessa escalação do Dunga, vários jogadores importantes foram deixados de fora. Você teve ótimo rendimento nos seus jogos pela Seleção, mas nunca foi chamado para uma Copa. Você já sentiu isso que eles estão passando?
Tranquilo. Eu já passei por isso. Eu acho que todo mundo fica triste na hora, mas depois vem um sentimento patriota que é torcer pelo Brasil. O importante é o Brasil trazer o hexacampeonato.
Nós pedimos para os internautas enviarem algumas perguntas que eles queriam que a gente fizesse para você. Duas pessoas pediram para você comentar a Lei Pelé. O Fabrício e o Sílvio Teixeira, pelo Orkut. Eles perguntam se a lei não é a responsável pelo enfraquecimento dos clubes no Brasil.
Não só vai ter que ser mudada como já está em processo de transformação. O senador Álvaro Dias já entrou com um projeto da Lei Pelé. Só que aí teve uma vista lá de um senador, mas que no final vai acabar aprovando. Quais as mudanças? Antigamente o atleta era escravo do clube. Ou seja, só o clube que ganhava em cima do atleta. Aí com a Lei Pelé mudou. O clube agora não tem direito sobre o atleta. Passados esses dez anos da Lei Pelé, os clubes se enfraqueceram e quem saiu ganhando foram os empresários. Agora com a nova resolução, vai justamente equilibrar. Os clubes vão ser ressarcidos, terão um prazo de cinco anos para que possam receber o dinheiro investido no atleta que foi vendido.