Albert Gonzalez, 29 anos, teve uma vida de riqueza graças às habilidades de hacker. Sua casa em um condomínio de Miami, na Flórida, foi comprada por US$ 1,65 milhão. Tinha carros de luxo e mulheres. Dava festas, estava sempre em bebedeiras.
Com a ajuda de um programa criado por um amigo, ele invadiu os sistemas de lojas como 7-Eleven. Se apoderou de algo como 130 milhões de números de cartões de crédito e dados dos clientes. Os roubos ocorreram entre 2005 e 2007. Os dados eram vendidos na internet. Com os cartões, Gonzalez fazia compras fraudulentas, vendendo os produtos também na web. O esquema é considerado a maior fraude da história.
Ao mesmo tempo era informante do Serviço Secreto dos Estados Unidos. Seu trabalho era justamente combater hackers.
Finalmente descoberto e preso, recebeu sentença este ano. No dia 25 de março, Gonzalez foi condenado a 20 anos de prisão, pena reduzida em cinco anos diante das alegações do hacker de que é viciado em computadores desde a infância, além de ter abusado do álcool e das drogas por vários anos e ter sintomas da Sí¬ndrome de Asperger, uma forma de autismo. A pena, contudo, poderá ser aumentada, já que ele enfrenta acusações em mais dois processos.
Uma curiosidade: os US$ 75 mil que Gonzalez recebeu do Serviço Secreto americano por seus serviços são o mesmo valor que gastou apenas em uma festa de aniversário nos “bons” tempos.