Há quem acredite em discos voadores. Há quem discuta se os governos escondem informações sobre objetos voadores não identificados. O escocês Gary McKinnon, 44 anos, achou que discutir não bastava e, supostamente para saber se OVNIs existem ou não, perpetrou o maior ataque já ocorrido contra computadores militares dos Estados Unidos.
Em 2002, o Pentágono admitiu que McKinnon invadiu e danificou 53 computadores do comando das Forças Armadas, do Exército, Força Aérea e Nasa, tendo acesso a informações secretas, tornando inoperante o distrito militar de Washington e causando prejuízos de cerca de US$ 1 milhão. As fotos de supostos OVNIs que obteve foram colocadas na internet anos depois.
Conhecido como “Solo” no mundo hacker, McKinnon, além de não conseguir provar a existência dos discos voadores, acabou indiciado em sete crimes nos Estados Unidos e preso na Grã-Bretanha. Um processo de extradição se arrasta desde 2003. McKinnon nunca negou as acusações de invasão, garantindo apenas que sua intenção não era a espionagem, como alegou o Pentágono. Em 2009, a Corte Suprema da Inglaterra decidiu pela extradição. Se for levado para os Estados Unidos, poderá ser condenado a até 70 anos de prisão.
Atualmente o hacker ainda tenta permanecer na Grã-Bretanha usando como argumento ser portador de autismo e depressão, constatados por uma junta médica. Sua mãe, Janis Sharp, move uma campanha pela permanência do filho. Músicos como Peter Gabriel, Sting, Bob Geldof e o grupo Marillion participaram, em 2008, de um concerto em apoio à campanha.