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Rede
de fibra ótica possibilita
operação médica via Internet
Cristina
Bodas
O médico está em
férias nos Estados Unidos. Sua equipe em São
Paulo precisa fazer uma cirurgia cardíaca de
urgência e sua orientação é
fundamental. O médico se conecta à Internet,
recebe - em poucos minutos - todos os últimos
exames realizados no paciente, discute - via teleconferência
- os resultados e monitora online a cirurgia.
Esse
inovador serviço, que estará disponível
no Brasil em alguns meses, só é possível
graças à fibra ótica. A transmissão
de imagens médicas - como um exame de cateterismo,
que possui cerca de 400 megabits - e a videoconferência
são feitas via banda larga, formada pelas fibras.
O
uso da telemedicina pela Internet 2 já está
sendo testado em São Paulo, principalmente para
envio de exames e discussão de diagnósticos.
"Hoje o Incor (Instituto do Coração
do Hospital das Clínicas) e o Hospital São
Paulo estão interligados Internet 2 para testes,
mas até o fim do ano já devemos ter esse
serviço permanente no Incor", conta Marco
Antônio Gutierrez, coordenador do projeto Internet
2 no Incor.
Além
da velocidade e da qualidade de transmissão,
uma outra grande vantagem do uso da Internet 2 neste
tipo de serviço é a possibilidade de segmentação.
"Numa rede normal de Internet todos os usuários
disputam igualmente a banda. Na Internet 2 podemos definir
que a área de medicina, por exemplo, terá
prioridade na transmissão de dados. Com isso,
não corremos o risco de a conexão ser
cortada no momento em que o médico está
orientando online como os outros devem fazer a cirurgia",
afirma Nelson Patricio Reis, diretor de vendas da Telefonica.
A
Telefonica tem fornecido parte da fibra ótica
utilizada pela Rede Metropolitana de Alta Velocidade,
um consórcio formado por centros de pesquisa
do Estado - como Incor, USP, Inpe, Unicamp, Albert Einstein,
Fapesp, PUC, entre outros - para desenvolver tecnologias
para a aplicação da Internet 2 no Brasil,
principalmente nas áreas de medicina e educação.
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