Embora o envelhecimento seja um processo que começa no momento em que nascemos, nem todos estamos preparados para lidar com o avanço da idade.
Os preconceitos sociais, o medo de morrer, a perda de pessoas queridas e tantas outras situações complicadas acabam fazendo com que muitas pessoas se deprimam, e outras tentem negar o processo de diversas maneiras.
O problema é que essas atitudes evitam o enfrentamento da realidade, "e é preciso enfrentá-la", afirma a psicóloga Helena Beatriz Balbinotti, especialista em psico-gerontologia e coordenadora da Clínica de Atendimento ao Adulto Maduro (CLAM) de Porto Alegre. Segundo a psicóloga, é preciso que as pessoas vejam não apenas as perdas biológicas que ocorrem quando o corpo começa a envelhecer, mas também os ganhos psicológicos que vêm com a maturidade.
"As compensações da maturidade são muitas: quando o período procriativo se encerra, a sexualidade se torna mais tranqüila, e sentimentos como o cíúme e a inveja, que criam diversos conflitos na vida das pessoas, tendem a diminuir, dando lugar à amizade e a uma visão mais serena da vida", diz ela.
No entanto, completa Helena, para chegarem felizes à idade madura, é preciso que as pessoas saibam "aceitar as mudanças que ocorrem no mundo e na sua vida particular, investindo em uma constante evolução psicológica, física e cultural".