O medo da morte acompanha o ser humano desde o nascimento, e se torna mais presente à medida em que a idade avança, o corpo começa a falhar e as pessoas queridas começam a partir.
Mas, se a morte faz parte da condição humana, deve ser enfrentada, dentro do possível, com naturalidade. Segundo a psicóloga Helena Beatriz Balbinotti, "a fé ajuda muito a enfrentar a proximidade da morte, mas não precisa ser, necessariamente, uma fé religiosa. As pessoas podem ter fé em seus planos, em sua família, na arte, na sociedade, e investir nessas crenças para lidar melhor com a vida - e também com a morte".
Ela destaca que "há muito tempo acabou aquela história de se aposentar e esperar a morte, pois ela vem cada vez mais tarde, e é preciso viver com qualidade até o fim". Segundo Helena, o medo da morte também mata: "Muitas pessoas até morrem pelas fantasias que criam com o medo da morte. Mas, com avanço da medicina, calcula-se que chegaremos a viver 120 anos, o que faz com que a fase madura venha a ser a mais longa de nossa vida. Então, de que adianta vivê-la com medo?"