Um adulto normal inspira cerca de 30 quilos de ar todos os dias. Mesmo sem sair de casa, uma pessoa pode inspirar até 50 bilhões de partículas de sujeira por hora. Esta sujeira provém de várias fontes: carros, vegetação, indústrias, fumaça, animais, cigarros. Ela é invisível, mas, nas quantidades em que costuma se encontrar no ar dos centros urbanos, causa sérios problemas de saúde, que vão da alergia à insuficiência respiratória.Por isso, nas grandes cidades do mundo (inclusive nas cidades brasileiras), a busca por um ar mais puro mobiliza as pessoas que se preocupam com sua saúde física e mental: afinal, o mar de concreto, o asfalto, a fumaça dos carros e os rios poluídos não formam um quadro agradável aos olhos - e muito menos aos pulmões.
Para que as pessoas possam, pelo menos de vez em quando, respirar ar puro e encontrar um cenário mais agradável, a principal providência a ser tomada, e que deve partir tanto dos cidadãos quanto do poder público, é plantar e manter áreas verdes. Afinal, as árvores colaboram para amenizar a temperatura, retêm partículas de poluição e poeira, produzem oxigênio, umidificam o ar, formam uma barreira contra a poluição sonora, evitam a erosão e as inundacões, fornecem abrigo e alimento à fauna.
Para se ter uma idéia da importãncia disso, a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que, nas cidades, sejam mantidos pelo menos 12 m² de área verde por habitante. No Brasil, as áreas mais ricas de cidades como São Paulo, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro têm até uma boa arborização - o problema se agrava mesmo nas periferias, onde a falta de áreas verdes piora ainda mais as conseqüências da poluição. Calcula-se, por exemplo, que, em São Paulo, as pessoas que moram na periferia respiram, por dia, impurezas equivalentes a cinco cigarros.