Um ambiente seguro física e afetivamente são um bom começo para se prevenir a depressão. Dar liberdade à criança também contribui para um desenvolvimento saudável. Mas liberdade não significa um ambiente familiar sem limites, mas sim com regras claras e coerentes.
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“Um ambiente familiar disfuncional propicia transtornos mentais de uma forma geral, entre eles a depressão”, diz a psiquiatra Silzá Tramontina. O combate ao estresse também é fundamental para prevenir a doença por muitos considerada o mau do século 21. A médica diz ainda que “crianças e adolescentes que vivem sob muita tensão; num ambiente familiar e/ou social muito violentos ou com muita privação material ou afetiva tendem a ser mais propensos a apresentar depressão”. Silzá Tramontina também aponta como possíveis causas perdas precoces por abandono ou morte.
Mas a depressão pode surgir até mesmo nos mais harmônicos dos lares. Isso porque existe fator genético desencadeador da doença. Ou seja, crianças e adolescentes que têm casos de depressão na família têm mais chances de desenvolver o problema.
Segundo a psicoterapeuta Vânia Fortuna “um gêmeo idêntico cujo irmão esteja depressivo tem 70% de chances de desenvolver depressão. Entre pais, filhos, irmãos e gêmeos não idênticos, esse número cai para 15%. Em pessoas que não têm parentes depressivos, a probabilidade da doença se desenvolver é de 2% a 3%”.
Estresse crônico pode desencadear depressão em crianças e adolescentes que tenham predisposição genética. Violência familiar e social, abuso sexual, uso de drogas, entre outras causas, também podem desencadear a depressão.