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LAS ARAUCARIAS

A beleza do Parque Nacional Conguillío é um dos principais atrativos deste refúgio localizado no coração da cordilheira de Temuco. Gigantescas araucárias são a grande companhia enquanto você estiver esquiando. Também o aconchego de um centro de esqui pequeno, mas de grande coração.


 

NATUREZA INDÔMITA


Las Araucarias é um centro simples, mas com boas pistas para aprender a esquiar como ‘Pino Mocho’, e outras com um desnível maior como ‘Montón de Trigo’. Agora, como está em Llaima, tem boas atividades fora das pistas, snow park, e o melhor: um ambiente amigável que tem essa característica reforçada pela iluminação de tochas, os sanduíches de chouriço e o chocolate quente, tradicionais da casa.


Uma melhor sinalização e segurança permitem agora um melhor acesso a Las Araucarias, este belo centro localizado aos pés do vulcão Llaima. 


Las Araucarias se encontra em uma área de atividade vulcânica, por isso recomendamos que averigue as condições do centro antes de planejar sua viagem.


Além de oferecer divertidas atividades de esqui, Las Araucarias permite o contato com toda a beleza de um lugar imponente que convida a excursões (inclusive até a cratera) ou mesmo caminhadas com raquetes de neve (R$16 adultos, R$9 crianças). 

 


DORMIR 


Edificio araucarias › possui bar, sala de estar e boa calefação. São apartamentos novos, bem climatizados para 5 ou 6 pessoas. Todos tem armários de segurança para equipamento, estacionamento próprio, elevador e creche.


Apart hotel llaima › se destaca por seu teto vermelho que contrasta com o verde intenso das araucárias. Está a somente 50 metros do café e do teleférico principal. Possui apartamentos para 4 pessoas, sala de reuniões, TV e jogos de salão na sala de estar. A partir de R$234 por pessoa com serviço de camareira.


Albergue los paraguas › no segundo andar do restaurante Paraguas há dois dormitório coletivos onde homens e mulheres dormem separadamente. Cada dormitório tem capacidade para 10 ou 15 pessoas. Se o grupo é menor, há um espaço interno para seis. Tem que levar saco de dormir. A partir de R$34 por pessoa.


Albergue el pehuén › albergue no melhor estilo sulista com grandes quartos para onze pessoas (R$34). Também para duas com banheiro compartilhado (R$40 por pessoa). Pode-se alugar o albergue inteiro (39 camas, banheiros, cozinha, sala de estar e de jantar equipada) por R$1.150 a noite.


 

COMER


los paraguas › este restaurante segue o estilo simples do centro de esqui. Possui pratos à la carte, mas também sanduíches (a partir de R$11), café, guloseimas e petiscos. É também um minimercado e, à noite, o centro do après-ski com muitas luzes e karaoke.



COMO CHEGAR?


De carro: Las Araucarias está a 82 km a noroeste de Temuco. Para chegar lá deve-se tomar o caminho em direção ao vulcão Llaima – via Cajón – que está asfaltado até Cherquenco. Deste ponto são 5 quilômetros de asfalto mais 17 de terra. Leve correntes.


Se você não for de carro, pode contatar a TribuPirén, uma agência de turismo que em uma caminhonete de dupla cabine leva no mínimo quatro passageiros. Deve-se avisá-los pelo menos um dia antes. R$36 por pessoa.
Informações pelo site www.tribupiren.cl.


Mas se tem ousadia, pode pedir carona. Como? Pegue o microônibus n°7 com destino a Cajón, um povoado que está a 10 quilômetros ao norte de Temuco. Desça na linha do trem e aí simplesmente levante o polegar.


 

Stefan Palm viajou o mundo inteiro procurando a neve perfeita e as montanhas ideais para escalar. E, ainda jovem, preparou-se para ser guia de esqui. Para isso estudou três anos na Swedish Mountainguide Association, tornando-se instrutor ISIA em 1994. 


- Desde então - diz Stefan - trabalhei em tempo integral nas montanhas e minha especialidade foi o esqui de aventura. 


Decidido a conquistar seus próprios recordes, Stefan Palm se propôs a escalar o monte Muztagata na China, de 7546m, para em seguida descer esquiando. “Fui com minha esposa e alguns amigos e foi uma experiência fantástica. Agora tenho importantes clientes, que contratam meus serviços para levá-los para escalar e esquiar em diferentes partes do mundo”, nos conta Stefan.


- A melhor metodologia para guiar outros esportistas nesta modalidade é lhes dar segurança e cumprir com o que lhes foi prometido – diz.


Desde o inverno de 2004, Stefan vem regularmente ao Chile para  completar o staff de guias da PowderSouth. 


 

MYRIAM TORRALBO


(Instrutora e gerente de Atividades Montanhescas de Valle Nevado)


Agora existe uma maior cultura de esqui no Chile


Myriam Torralbo foi por anos uma tenaz corredora que competiu não só no Chile, como também na Argentina, nos Estados Unidos e na Europa. Em seguida estudou educação física e teve a oportunidade de conseguir um diploma de montanhismo em Grenoble, França, universidade na qual trocou experiências com esquiadores de primeiro nível. Finalmente teve a possibilidade de terminar o curso de instrutores na Escola Nacional de Esqui e Alpinismo de Chamonix. 


De volta ao Chile, Myriam não só seguiu competindo como também se dispôs a conquistar uma série de desafios montanhosos. Entre eles os 162 km/h que alcançou no campeonato Mundial de Esqui de Velocidade. Em seguida se propôs a descer “El Plomo” esquiando.


Faltava pouco para que Myriam, juntamente com um grupo de esquiadores, dedicasse sua experiência à criação da Escola Nacional de Instrutores de Esqui do Chile, tarefa que concluiu em 1983 com o objetivo de profissionalizar o esporte e seu ensino no país.


- Desde o início – recorda Myriam – utilizamos métodos similares aos que se utilizavam no resto do mundo; um programa de avanço para os diferentes níveis que vão do mais básico ao esqui avançado.


Myriam Torralbo é atualmente diretora da Escola de Esqui de Valle Nevado na qual pelo menos noventa instrutores transmitem a seus alunos conceitos de segurança e avanço de acordo com o nível em que se encontram. “O maravilhoso do esqui – diz Myriam – é o contato com a montanha, com seus cumes majestosos. Além disso é um esporte que pode ser praticado com a família, em todas as idades e durante o dia inteiro. Por isso, nos últimos anos, o esqui mudou muito. A cada ano há mais esquiadores e existe mais cultura”.


 

JORGE SAPUNAR


(Instrutor e diretor da Escola de Esqui La Parva)


O habitat natural de Jorge Sapunar é a neve. É onde passou grande parte de sua vida. Ainda mais agora que se dedica à direção da Escola de Esqui de La Parva. Sobram-lhe experiência e histórias. 


A história de Jorge na neve começou aos cinco anos, quando era corredor da Universidade Católica. A partir daí despertou-lhe o desejo pelo esporte e hoje confessa que, desde criança, “era tanta a ansiedade por esquiar que não dormia na noite anterior antes de subir (a montanha)”.


Seguindo os passos de seu pai, Jorge logo correu em diversos campeonatos mas, quando saiu do colégio, ao invés de dedicar-se ao esqui profissionalmente, optou por estudar arquitetura na Universidade Católica de Valparaíso. Grande erro. Mal terminou a faculdade, Jorge se deu conta de que o que realmente lhe fascinava era esquiar. Por isso, foi para a Europa e, durante onze anos, trabalhou em Andorra até se tornar um treinador de alto nível.


Finalmente, também em Andorra, Sapunar empreendeu o desafio de treinar pessoas com necessidades especiais, tarefa que deu por cumprida quando conseguiu levá-los ao Circuito Mundial.


Há dois anos, Jorge se tornou diretor da Escola de Esqui de La Parva e, além disso, se prepara para competir na categoria master.


-Como vivi -diz- mais de dez anos na Europa, aprendi vários métodos pedagógicos e os trouxe para La Parva. Aqui usamos uma metodologia baseada em aprender brincando, isso porque o esqui está em uma dimensão espacial, de vencer o medo, e não do raciocínio.


“Ensinamos a vencer o medo e a ser mais assertivos”.


 

FRANK COFFEY


Especialista em avalanches e guia de heliski em Portillo)


“Explorarei novas áreas para esquiar no Chile”


Desde 1997, Frank Coffey é o responsável pela segurança nas pistas de Portillo, o centro no Chile com mais encostas e onde há maior risco de avalanches. Mas, precisamente disso se encarrega Frank, um especialista que por anos demonstrou que pode manter todos a salvo.


A paixão de Coffey pela montanha sempre foi coisa séria. Já na universidade escalava em Boulder, Colorado. Logo fez um curso de guia, até que deu seus primeiros passos como instrutor no Peru e no Nepal. Daí em diante subiu mais de cinquenta montanhas de mais de 6000 m. E levou muitos clientes à Cordilheira Blanca no Peru, à Cordilheira Real na Bolivia e, claro, ao Himalaia.


O trabalho de Frank Coffey é um dos mais arriscados do mundo, e, de fato, ele já enfrentou perigos incontroláveis. Por exemplo, em fevereiro de 2002 no Alasca, uma avalanche o alcançou enquanto abria uma rota de heliski. Então, milagrosamente, conseguiu fincar seus esquis em uma árvore e escapou com pequenas fraturas.


Além disso, Frank se oferece como guia de heliski em Portillo. Um grande presente não só para os que querem escutar suas histórias, como também para aqueles que se animam a realizar uma experiência extraordinária. E, o melhor, com segurança.