Evite ser barrado na Alfândega
Qual a quantidade de café permitida numa viagem para
a Austrália? O que se pode levar na mala para a terra
do Tio Sam? Aquele seu cachorro fofinho que sempre o acompanha
vai entrar no Reino Unido? Seu remédio vai ser apreendido
na alfândega francesa? Todas essas questões e
outras revelam as restrições dos países
estrangeiros, o que pode tornar-se um problema grave se o
viajante não estiver bem informado.
Quem viajar a Sydney, na Austrália, por exemplo, precisa
certificar-se de declarar quase todo tipo de material levado
na bagagem. A maior ilha da Oceania é um dos países
mais severos na proibição da entrada de produtos
no seu território. Feijão, sementes em geral,
vegetais, ovos, derivados de leite, carne de porco e de vaca,
plantas, animais vivos e terra ou areia estão na lista
dos itens estrangeiros vetados em solo australiano. Para completar,
couro, lã, peles, flores, biscoitos, mel e até
café necessitam de vistoria na chegada ao país.
O limite permitido da nossa bebida preferida é de um
quilo.
A situação fica mais complicada quando se trata
de sementes desenvolvidas em laboratórios nacionais.
Marcelo Credídio, da Australian Tourist Comission,
afirma que a terra dos cangurus é muito exigente porque
já teve muitos problemas com pragas e epidemias no
passado. Para salientar as dificuldades enfrentadas pelo visitante,
Credídio lembra do caso de um botânico, hoje
residente na Austrália. "O cientista teve de comprovar
o seu estudo com as sementes para convencer a fiscalização
do governo australiano."
Grã-Bretanha - No Reino Unido o turista sofre restrição
e até proibição ao entrar com drogas,
armas de fogo, munição, explosivos, produtos
pornográficos, animais domésticos, plantas e
animais protegidos. A lei aplica-se também para derivados
dos animais em risco de extinção. Cintos ou
sapatos de jacaré, peças de marfim e outros
podem ser confiscados pelas autoridades britânicas.
Os EUA também restringem uma série de itens
- animais, carnes, comida, frutas e pássaros são
alguns deles. Há remédios que precisam de prescrição
médica, com possibilidade de retenção
pela alfândega norte-americana.
Mais liberal - Na França a legislação
é mais liberal. Além de armas de fogo, materiais
inflamáveis e animais vivos, a não ser os domésticos,
os franceses proíbem a entrada de remédios sem
receita médica. Quem precisa de algum medicamento alternativo
tem de comprovar sua necessidade com uma prescrição.
Assim como a França, certos países não
são tão severos na proibição da
entrada de produtos. É o caso da Finlândia, que
exige apenas passaporte válido por 90 dias, tempo máximo
de permanência do estrangeiro.
Já a Alemanha e a Suécia não permitem
a entrada de bebida alcoólica e cigarros em quantidade
exagerada. Os alemães aceitam até 50 charutos
e admitem um litro de qualquer destilado ou fermentado com
teor superior a 22 graus, ou dois litros com teor inferior.
Declaração de bens - É recomendável,
ainda, ficar atento na hora do embarque por aqui. A alfândega
brasileira não impõe muitas restrições
à saída de bens de consumo, remédios
e animais - desde que vistoriados pelo Ministério da
Saúde -, aparelhos eletrônicos e sementes, devidamente
certificadas pelo Ministério da Agricultura. No caso
dos eletrônicos, a receita alerta o viajante para declarar
todos que superem o limite de US$ 500. Isso facilita no retorno
ao País, evitando taxas e impostos sobre o produto.
Já no que diz respeito a um notebook, deve-se declará-lo
antes de sair do Brasil. E o aparelho deve ter número
de série, para evitar a troca por outro modelo mais
moderno no exterior. A regra, aliás, serve para todo
bem de consumo eletrônico.
Um outro fator importante é o tempo de permanência
em terras estrangeiras. O brasileiro que voltar ao País
após um ano fora pode trazer todo material de uso próprio,
desde que seja comprovado o seu estado de "usado".
É claro que um aparelho de DVD, um notebook ou uma
máquina fotográfica digital precisam de muito
uso para ficarem "velhos".
Agência Estado
|