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Eduardo
Fachel espera que o cinema gaúcho amplie o mercado de trabalho dos atores
Ampliação
do mercado de trabalho para os atores. É a principal expectativa que o
ator gaúcho Eduardo Fachel (lê-se Faquel, "como Rachel de Queiroz", enfatiza
ele) tem dessa nova safra de filmes produzidos no estado. No intervalo
entre as filmagens da seqüência do tiroteio em campo aberto, travado entre
os personagens Orestes (Fachel) e Teodoro (Nelson Diniz), ele falou sobre
sua participação em Tolerância.
Apesar de ter 25 anos de carreira, ele lembra que só havia feito um filme
até hoje. Foi o curta No Amor, de 1979, dirigido por Nelson Nadotti.
Trabalhando a maior parte do tempo em teatro, ele diz que "há um distanciamento
entre os diretores de cinema e os atores do meio teatral". Fachel explica
que essa separação ocorre por uma falta de hábito tanto da parte dos diretores,
que quase não vão ao teatro e dos atores que, muitas vezes, desconhecem
o trabalho dos cineastas, limitando seu campo de trabalho, uma vez que
a capital gaúcha "não tem televisão", reclama.
Entretanto, ele elogia a iniciativa da Casa de Cinema em fazer testes
para o elenco de Tolerância. "É um procedimento mais profissional,
já que em Porto Alegre muitas coisas são conseguidas apenas na base da
amizade e da indicação", afirma. E foi nesse mesmo esquema de testes que
o ator conseguiu o personagem José Somar, um dos protagonistas da peça
Os Crimes da Rua do Arvoredo, atualmente em cartaz na capital gaúcha.
Embora pequena, a aparição de Orestes em Tolerância é marcada pela violência
rural. "O Orestes é quase um tipo, uma caracterização, mas ao mesmo tempo
a questão da discussão sobre a terra continua moderna", explica. Perguntado
sobre as dificuldades em fazer uma cena com efeitos de tiro e sangue,
ele respondeu já estar acostumado com personagens violentos. Para ele,
atirar com uma arma calibre 12 (com espoleta e pouca pólvora) em Teodoro
(Nelson Diniz) também não foi das tarefas mais complicadas. "Conheço o
Nelson há muitos anos, é ótimo trabalhar com ele", reconhece. Inspirado
em seu personagem, o ator revela que "a tolerância vai até o momento em
que lhe puxarem uma arma".
Além de teatro, Fachel
fez participações na televisão, como no programa Pandorga da TV Cultura
e em alguns comerciais. A direção foi outra função que já desempenhou
durante sua carreira. Mas ele deixa claro que prefere atuar a dirigir,
e não importa se trabalhará em TV, teatro ou cinema. "Eu gosto é de ser
ator", avisa. No entanto, diz ter gostado da experiência com cinema: "o
pessoal é mais saudável, pois a loucura é outra", brinca. Até o fim do
ano, Eduardo Fachel pretende produzir e atuar em uma peça baseada em dois
mitos gregos, "mas ainda estou em negociações", comenta.
(Adriana Amaral De São Lourenço do Sul)
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