Ewan McGregor: de junkie a padre do Vaticano
Por Janice Scalco
Como você descreve seu personagem?
Ele é o braço direito do papa e um homem extraordinariamente religioso, sem medo e com muita fé. Ele acredita fortemente em Deus, mas, ao mesmo tempo, ele acredita fortemente na sua igreja. Ele sente que a Igreja está seguindo por um caminho que pode levar a sua queda e ele está disposto a usar de meios extremos para impedir que isso aconteça.
Você é religioso?
Eu fui criado sem nenhuma religião.
O que você acha das pessoas que têm uma religião?
Eu entendo a religião, apenas fui criado sem nenhuma. As pessoas que acreditam em sua fé, não necessariamente religiosos, têm uma extraordinária autoconfiança e acreditam em si mesmas. E quando você conversa com essas pessoas, elas fazem você sentir que você provavelmente está errado e elas, provavelmente certas. Era isso que eu queria trazer ao meu personagem. Queria que ele tivesse isso, que ele tivesse essa confiança, que ele acreditasse que está certo.
Como você se preparou para interpretar um religioso?
Havia um padre de Nova York com a gente no set do filme sempre que tínhamos que gravar algum ritual religioso (o funeral do papa, a missa). Conversei com ele sobre ser padre.
Meu camerlengo é um padre, não um cardeal. Isso é incomum. Provavelmente o camerlengo seria um cardeal. Isso é interessante. Antigamente, o camerlengo podia ser um "civil" e não necessariamente um religioso.