Entrevistas

Ewan McGregor: de junkie a padre do Vaticano
Por Janice Scalco

No livro de Dan Brown, seu personagem é italiano e não irlandês como no filme. Essa mudança aconteceu antes ou depois de você ser escalado para o papel?
Eu não sei dizer. Você tem que perguntar para o Ron (o diretor Ron Howard). Foi dessa forma que o personagem me foi apresentado. Quando Ron começou a conversar comigo sobre o filme, ele disse que queria que o camerlengo fosse irlandês. No começo, achei que talvez o Ron pensasse que eu fosse irlandês. Eu não queria dizer: "Ron, na verdade eu sou escocês" (risos). Então, eu embarquei na história.

Como você trabalhou seu sotaque para o filme?
Eu tentei imaginar alguém que tivesse vivido a maior parte da sua vida na Itália, mas que fosse irlandês. Na verdade, provavelmente ele falaria inglês com um sotaque italiano, mas eu queria que ele tivesse um sotaque irlandês.

Você teme alguma reação de irlandeses católicos por causa de seu personagem?
Bem, eu não sei. Na verdade, nem pensei nisso. Eu não estou representando a Irlanda. Eu não estou nem representando a Igreja. Estou apenas representando um personagem, o carmelengo Patrick McKenna. Não acho que seja importante se ele é um padre ou um cardeal. O importante é que ele é um ser humano. Ele é uma pessoa com crenças extremas.
Ele é um irlandês católico nesse filme, mas eu não o interpretei dizendo "isso é o que penso sobre os irlandeses católicos". Não mesmo.