Entrevistas

Ewan McGregor: de junkie a padre do Vaticano
Por Janice Scalco

Você leu o livro de Dan Brown antes de entrar para o elenco do filme?
Eu não li O Código da Vinci quando o livro foi lançado. Geralmente, eu não leio livros populares, best-sellers. Raramente eu faço isso. Há dezenas de clássicos que eu ainda não li. Eu escolho minhas leituras de acordo com as áreas do meu interesse. Eu nunca abriria uma revista para ver a lista dos livros mais vendidos e escolher um deles. Posso dizer que os livros me escolhem.
Não tenho nada contra o Dan Brown. Na verdade eu também não fui ver o filme (O Código da Vinci). Eu não assisti à Titanic. (risos) Acho que parte de mim é "anti-established". (risos). Simplesmente, eu não vou ao cinema assistir. Daí anos depois, eu vejo o filme e digo "oh, realmente é bom".

Como você escolhe os filmes que vai fazer? Em que se baseia para escolher dar vida a certo personagem?
Escolho de acordo com meus interesses. Trabalho com minha agente em Londres desde que eu tinha 19 anos. Ela sabe tudo sobre meu jeito e sobre o que eu gosto. Agentes funcionam como um tipo de filtro. Ela me passa roteiros de filmes que ela acha que seriam do meu interesse.
Tenho sorte. Trabalhei apenas em filmes que meu instinto me disse para fazer. Não me importo se o filme tem um grande ou pequeno orçamento. Eu gosto de histórias. Vejo se história é boa, se o personagem é interessante, a combinação de quem é o diretor e de como está minha vida... Por exemplo, agora. Sinto que estou longe de casa há um ano e meio. Neste momento, seria difícil eu aceitar fazer um filme. Preciso ir para casa e ficar com meus filhos (Ewan McGregor é casado com a atriz francesa Eve Mavrakis, com quem tem três filhos).