São Paulo - França volta ao time hoje, mas mesmo com a presença de seu artilheiro, o São Paulo será cauteloso, às 15h45, contra o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, em Curitiba. Há a certeza de que será uma partida muito mais difícil do que o encontro contra o argentino Rosario Central, pela Mercosul, na quarta-feira. "É um time que vai exigir muito mais de nós. O Atlético gosta de atacar, terá o incentivo de sua torcida, por isso teremos muito cuidado na partida", diz o técnico Levir Culpi.
Ter muito cuidado não significa abdicar da vitória. O treinador continua pensando que o empate é um mau negócio, desde que se decidiu que vitória vale três pontos. "É muito melhor ganhar um jogo e perder dois do que empatar três e por isso, queremos ganhar essa partida no Paraná. Isso não quer dizer que vamos atacar desde o início. Continuo acreditando que o equilíbrio é a melhor maneira de se ganhar partidas e campeonatos."
Opinião diferente - Carlos Miguel, talvez com mais sinceridade, acha que o empate será uma maravilha. "O importante é não perder. O time deles é bom, sabe jogar, toca bem a bola e tem velocidade no ataque. Nós temos de segurar bastante no início e depois começar a dar o troco, buscar o melhor resultado", planeja o meia. E, nessa busca, Carlos Miguel acha que o São Paulo tem duas boas armas.
A primeira é a qualidade do toque de bola dos volantes. "O Fábio, o Beto e o Simplício, não sei quem vai jogar, conseguem dar segurança para a defesa e também dar qualidade para a saída de bola. Outra vantagem nossa é a volta do França. Ele fica mais perto da área, é uma referência a mais para a gente que joga no meio. É menos arriscado lançar o França do que dar o passe para outros jogadores de meio campo, que são muito marcados."
Talvez, como no segundo tempo contra o Rosario, caiba a Miguel a tarefa de jogar como volante. Esse é um setor em que Levir ainda não tem muitas certezas. Há a dúvida entre Beto - a quem Levir quer dar mais oportunidades - e Fábio Simplício - que está melhor fisicamente e que tem jogado bem. Na lateral esquerda, Levir não sabe se escala Fábio Aurélio ou Gustavo Nery.
"O Fábio e o Fabiano vão embarcar segunda-feira para a Austrália. É normal que eles estejam pensando muito nas Olimpíadas e não sei se pode atrapalhar muito", presume o técnico. Fabiano jura que não atrapalha. "Eu quero muito jogar. Não vai me atrapalhar em nada."
Mais defesa Levir continua pedindo um novo zagueiro à Diretoria de Futebol. "O Álvaro saiu e, quando o Edmílson for convocado, vou ficar com apenas três zagueiros. O Jean é bom, tem qualidades, mas ainda é `verde'. Seria importante ter alguém mais para recompor o elenco. Já expliquei isso aos diretores." Álvaro foi vendido ao Las Palmas por US$ 3 milhões.
O presidente do São Paulo, Paulo Amaral, discorda de Levir: "Não vejo tanta necessidade de um novo zagueiro. Temos quatro zagueiros e quando o Edmílson for convocado, ficam três. Qual é o problema?"
Paulo Amaral desmente também a contratação de Nildo, do Sport de Recife: "Ele já fez seis jogos, está muito em cima da hora e a pedida do Sport é muito alta. Querem o (atacante Sandro) Hiroshi, dinheiro e prorrogar o empréstimo do Sidnei. É muita coisa. Não digo que esteja totalmente fora, mas é difícil."
O São Paulo já fez cinco partidas. Ganhou do Santa Cruz, por 2 a 1, e do Flamengo, por 3 a 2, além de empatar com Santos e Bahia, por 1 a 1 e com o Cruzeiro por 2 a 2.