Porto Alegre - Paulo Nunes fez de um simples coletivo contra os juvenis, ontem à tarde, quase uma final de campeonato. Marcou um gol, cruzou inúmeras vezes para os companheiros, combateu a saída de bola dos adversários e correu como um garoto. A possibilidade de ser titular novamente, ocupando a vaga de Ronaldinho, convocado para a Seleção Olímpica, devolveu a alegria a um jogador que parecia condenado ao ostracismo.
"Se ele não ficar gripado e nem sofrer qualquer lesão até sábado, deve começar a partida contra a Ponte Preta", antecipa Celso Roth.
Paulo Nunes é um novo homem. De jogador debilitado por uma forte sinusite e marcado pelas vaias da torcida, transformou-se num modelo de dedicação nos treinamentos.
Tudo mudou com a chegada de Roth, confessa o atacante. Nos tempos de Antônio Lopes, ficava no banco ou atuava fora de posição.
"O Celso é muito sincero comigo. Tive grande identificação com ele", declarou.
Voltar ao time após uma vitória era tudo o que Paulo Nunes desejava. Nessas horas, diz, volta a confiança dos torcedores. A sorte também começa a virar, acredita o atacante, citando o pênalti desperdiçado pelo Corinthians na partida de domingo.
É nesse contexto positivo que ele espera enquadrar-se definitivamente. Serão sete partidas até o retorno de Ronaldinho. Tempo de sobra para firmar-se e provar que o Grêmio fez um bom investimento.
"A vida é um constante desafio. Tenho gana de vencer sempre. A torcida com certeza verá um novo jogador", diz Paulo Nunes.