Porto Alegre - A ausência de Ronaldinho, convocado para a seleção, parece tirar o sono apenas da torcida do Grêmio. O técnico Celso Roth já prepara uma fórmula que considera a mais eficaz para que o time não fique órfão de seu maior astro. Ela está baseada no espírito coletivo.
Quando uma equipe perde qualidade técnica, raciocina o treinador, é preciso que a superação venha através da determinação e da unidade do grupo. Além do mais, diz Roth, Ronaldinho só será realmente um diferencial quando o grupo estiver forte.
"Lembram o que ocorreu no primeiro semestre? Ronaldinho estava no grupo e o Grêmio não ganhou coisa alguma. Em futebol, ninguém resolve as coisas sozinho", afirma o treinador.
O zagueiro Fabrício não poderia receber melhor presente pelos seus 21 anos, a serem completados domingo. Já sabendo que Nenê não irá se curar a tempo da lesão muscular, e receoso de escalar Alex Xavier, cujo estilo lembra Marinho, Celso Roth deverá optar pelo ex-júnior para a partida contra a Ponte Preta, sábado à tarde, no Olímpico.
O técnico tem por hábito compor sua zaga com jogadores dotados de características diferentes. Marinho, que costuma chegar nas divididas chutando a bola e os atacantes, precisa de um zagueiro clássico ao seu lado. Esse é o detalhe que diferencia Fabrício de Nenê ou mesmo de Rodrigo Costa. É um zagueiro tão refinado e sutil que chegou a ser comparado a Mauro Galvão por Antônio Lopes.
A comparação é rejeitada por Celso Roth. "Quem é que falou essa besteira?", perguntou o técnico, nesta quarta-feira.
Fabrício fica lisonjeado com a lembrança, mas acha que ela, de algum modo, o prejudicou no Gauchão. Recorda que os torcedores compareciam aos jogos do Grêmio esperando vê-lo repetir o mestre.