Porto Alegre - Com Antônio Lopes, ele sentou-se no banco de reservas para ceder lugar a nomes como Adriano, Cláudio Pitbull e Adão. Agora, jura ter recobrado a vontade de jogar com a chegada do técnico Celso Roth.
Depois da bela atuação diante do Corinthians, o argentino Gabriel Amato quer agora se reencontrar com a torcida fazendo um gol no Olímpico.
A última vez que empurrou a bola para as redes foi no dia 7 de maio, há quase quatro meses, na derrota para o Caxias por 2 a 1, decisão do primeiro turno do Gauchão.
“O gol vai chegar. Na hora certa, vai chegar: tenho certeza disso. Quero marcar um gol em casa para pegar mais confiança”, disse o centroavante, sonhando em acabar com o tabu diante da Ponte Preta, sábado.
Agora, em vez da tensão vivida a cada treino, quando não sabia se o treinador iria lhe dar o jaleco amarelo dos titulares, a tranqüilidade de quem ganhou a posição. Ontem, foi assim. Amato diz que a mudança tem nome e atende por Celso Roth. Quando retornou ao Olímpico para endireitar o barco quase afundado deixado por Lopes, o técnico o procurou para uma conversa franca. O mesmo aconteceu com Astrada, aliás.
“Conversamos bastante. Ele me perguntou como eu me sentia melhor em campo. Isso tem sido fundamental”, disse Amato.
A conversa se estende aos treinos. Na semana passada, Roth orientava os jogadores de frente a marcar a saída de jogo adversária. É a chamada “meia pressão”, quando os atacantes esperam os zagueiros girarem a bola para os laterais ou para os volantes antes de dar o bote, na tentativa de roubar a bola.
“Não precisa ir em cima logo que o goleiro larga a bola?” perguntou Amato a Roth. “Não, não precisa. É meia pressão, espera o zagueiro dar o passe”, ensinou o treinador.
Amato garante que o importante é o time vencer e ele jogar bem. Tanto que foi escolhido por vários veículos de imprensa como o melhor em campo contra o Corinthians, mesmo sem fazer o seu gol. Mas o centroavante reconhece que atacante vive de gols. E faz quase quatro meses que Amato não faz o seu.