Sydney - Além de recuperar a liderança do ranking da Corrida dos Campeões, a vitória deste sábado sobre o croata Ivan Ljudicic (2 sets 0), pela terceira rodada do torneio olímpico de tênis, deu a Gustavo Kuerten mais um motivo para comemorações.
Para o tenista brasileiro, a partir de agora ele deixa de ser o franco favorito, como ocorrera nas partidas anteriores - contra Christophe Pognon(BEN), Rainer Schuttler (ALE) e agora Ljudicic. "O legal é que o campeonato chegou a um ponto, em que eu não sou mais favorito. A partir de agora, será sempre de igual para igual", disse o brasileiro.
Na próxima rodada, dentro de dois dias, Guga enfrenta o vencedor da série entre o australiano Mark Philipoussis e o russo Yevgeny Kafelnikov, que se enfrentam ainda neste sábado.
Guga gostou muito de sua atuação no jogo contra Ljudicic, principalmente no segundo set. "Acho que fiz um segundo set perfeito. Cheguei bem perto daquilo que eu espero para os próximos jogos", disse ele. Para Guga, a melhora no desempenho é resultado da seqüência de jogos. "A cada partida estou melhorando nos fundamentos e a tendência é continuar assim", acredita.
O primeiro set foi mais equilibrado que o segundo, em grande parte por causa de uma interpretação errada do juiz. Quando Guga estava em vantagem em 5/4 e tinha o serviço a seu favor, o árbitro considerou fora uma bola que claramente foi dentro. Guga discutiu com o árbitro, desconcentrou-se e perdeu o game, levando o jogo ao tie-break (que ganhou 7 a 2 sem problemas). "Eu fiquei irritado porque era uma bola que podia decidir o jogo", justificou.
Sobre a próxima partida, Guga é cauteloso. "São duas pedreiras. Eles têm estilos diferentes, mas eu prefiro enfrentar o Kafelnikov", diz ele.
Com a vitória deste sábado, Guga chega a 643 pontos e reassume a liderança da Corrida dos Campeões. Ele supera o russo Marat Safin, que perdeu na primeira rodada e somou apenas um ponto. Agora, o russo tem 640 pontos. Pete Sampras, que não está na Olimpíada, é o terceiro com 637.
Mesmo que vença seu jogo deste sábado (contra o francês Arnaud Di Pasquale), Magnus Norman só chegará a 606 pontos.