São Paulo- Está definido. Assim como em Atlanta-96, a seleção brasileira feminina de vôlei tem pela frente as arqui-rivais cubanas pela semifinal do torneio olímpico. Quem vencer, disputa o ouro contra americanas ou russas. Quem perder vai disputar o bronze, mas, pior do que isso, vai dormir com a cabeça inchada por perder para as ´inimigas`.
"Claro que o jogo de 96 ainda influencia. Tenho insônia lembrando com lances daquela partida. De vez em quando, me vejo lembrando de uma jogada ou outra que poderia alterar o rumo daquele jogo. Mas não devemos mais tocar nisso. A realidade é outra. Temos de jogar com paciência e determinação para chegar à luta pelo ouro, nosso objetivo", afirma o técnico Bernardinho.
Para o treinador brasileiro, o time cubano só fez crescer individualmente desde aquele jogo em Atlanta. Mas o Brasil também evoluiu. "Este grupo talvez não tenha o mesmo talento daquele, mas está muito coeso. As cubanas podem ser favoritas, mas também cometem erros. Só não podemos pensar jamais que estamos derrotadas. Nem deixar que elas pensem que estamos abatidos", disse Bernardinho.
Uma das principais preocupações do técnico é com a alegria de jogar de seu time. "O time está crescendo. Como eu digo, temos que jogar para nos divertir. Botar o melhor de nós para fora. O mais importante é que as jogadoras se sentem merecedoras de estarem onde estão. Vamos jogar cada ponto como se fosse o último. Queremos dar a medalha para o Brasil, mas não temos que dar a medalha", afirmou.