Sydney - Brasil e Cuba escreverão nesta quinta-feira, pela semifinal do torneio de vôlei feminino das Olimpíadas de Sydney, mais um capítulo emocionante da história do vôlei mundial. Desde a partida nos Jogos de Atlanta-96, válida também pela semifinal e vencida pelas cubanas, as duas seleções vêm travando empolgantes duelos em torneios importantes por todo o mundo. Dessa vez não deverá ser diferente, já que se tratam de duas das melhores seleções do planeta, com craques do calibre de Virna, Leila, Regla Bell e Regla Torres.
O técnico Bernardinho confessa que ainda não esqueceu o jogo de Atlanta, mas garante que isso é um fator positivo, pois vai ajudar a não cometer os mesmos erros daquela ocasião. "Claro que aquele jogo ainda influencia. Tenho insônia lembrando lances daquela partida. De vez em quando, me vejo lembrando de uma jogada ou outra que poderia alterar o rumo daquele jogo. Mas não devemos mais tocar nisso. A realidade é outra. Temos de jogar com paciência e determinação para chegar à luta pelo ouro, nosso objetivo", afirmou.
Bernardinho ressaltou a evolução conseguida pelo time brasileiro desde 96, mas alertou também para o grande crescimento individual das cubanas nesses quatro anos. "Este grupo talvez não tenha o mesmo talento daquele, mas está muito coeso. As cubanas podem ser favoritas, mas também cometem erros. Só não podemos pensar jamais que estamos derrotados. Nem deixar que elas pensem que estamos abatidos", disse.
Ele completou dizendo que não quer suas jogadoras pensando em pressão pela conquista da medalha de ouro. Para Bernardinho, as atletas precisam jogar com alegria e vontade de vencer e conquistar a medalha, mas sem a obrigação de levar o ouro. "O time está crescendo. Como eu digo, temos que jogar para nos divertir. Botar o melhor de nós para fora. O mais importante é que as jogadoras se sentem merecedoras de estarem onde estão. Vamos jogar cada ponto como se fosse o último. Queremos dar a medalha para o Brasil, mas não temos que dar a medalha."