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Wilsinho e derrota detonam crise no futebol feminino
Sexta-feira, 29 Setembro de 2000, 15h38
Atualizada: Sexta-feira, 29 Setembro de 2000, 15h39

Sydney - Os problemas internos que contribuíram para a perda da medalha inédita para o futebol feminino brasileiro só começarão a ser resolvidos quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) indicar um novo técnico -ou confirmar a permanência de Zé Duarte no cargo, o que é improvável.

Desde já há um candidato declarado ao cargo: Wilson Riça, o Wilsinho, 50 anos, auxiliar-técnico e desafeto de Zé Duarte. "Quem é o melhor técnico do Brasil no feminino? É só fazer uma análise", afirma. "Eu sou o cara mais atualizado, conheço tudo, sei quem são e como jogam os adversários e ganhei tudo o que disputei".

Pedir modéstia para esse ex-ponta-esquerda de Corinthians e Portuguesa, a esta altura, é querer demais. Dirigindo a seleção brasileira, ele foi terceiro colocado no Mundial dos Estados Unidos e na Copa Ouro. Foi substituído por Zé Duarte às vésperas da Olimpíada e rebaixado à condição de auxiliar-técnico. Por causa disso, as jogadoras e o próprio Zé Duarte, indiretamente, o acusam de ter tumultuado o ambiente e boicotado o time durante a Olimpíada. Ele, obviamente, nega.

"Não sou louco de torcer contra a medalha de ouro e jogar fora um prêmio de R$ 19 mil", disse. "O técnico é quem escala e dirige o time. Por falar nisso, sou o único auxiliar-técnico do mundo que é cobrado por resultados, nem o Candinho (auxiliar de Wanderley Luxemburgo) sofreu essa pressão na seleção masculina".

Wilsinho terminou a Olimpíada isolado da maior parte das jogadoras, mas não se abala. Na manhã de sexta-feira, enquanto aguardava seu vôo na sala de embarque do aeroporto de Sydney, ele se destacava do restante do grupo pelos óculos escuros, pelo terno cinza e pela gravata azul, enquanto o restante da delegação vestia o agasalho esportivo do COB. Também era notado seu isolamento. Ninguém conversava com ele.

O técnico do time feminino de futebol da Portuguesa não gosta apenas de se vestir bem. Ele sempre procura demonstrar segurança e conhecimento do que fala. Para ele, o quarto lugar em Sydney foi um mau resultado pela qualidade do grupo de jogadoras. Algumas atletas jogaram muito menos do que podem, em sua opinião. Foram citadas especificamente a meio-campista Sissi, a atacante Roseli e zagueira Juliana. Caso assuma o comando da seleção, elas estarão fora. "É evidente que se for confirmado como técnico, vou fazer modificações no grupo de jogadoras e na comissão técnica", afirmou. "O mundo viu quem jogou mal nessa Olimpíada".

Ele não gosta de falar sobre as desavenças com as jogadoras, mas não poupa Sissi, a principal jogadora do time. Sissi disse que jogou várias partidas com uma contusão na coxa e que o sacrifício, ao final, não valeu a pena. Wilsinho contesta. "Você acha que se ela estivesse realmente machucada, o médico a deixaria entrar em campo?", questiona. O médico Edmundo Teixeira confirmou que Sissi tem um problema crônico na região da virilha, mas nada que a impeça de jogar. A atleta, constrangida, confirmou as palavras do médico, mas insistiu que sente dores quando chuta a bola.

Agência Estado


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