São Paulo - Josefa Luxemburgo, mulher do técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, afirmou nesta quinta-feira estar convicta de que seu marido vai permanecer no comando da equipe. Nem mesmo o fracasso em Sydney serviu para abalar sua confiança. "Isso não é motivo para afastar meu marido", afirmou. "Qualquer trabalhador, independentemente de sua área profissional, às vezes tem maus resultados."
Três dias depois do tumultuado desembarque da seleção em São Paulo, Josefa rompeu o silêncio e a reclusão familiar para comentar o episódio. Ela assegurou que o marido está tranqüilo e ainda sente os efeitos do fuso horário. "Ele dormiu direto desde que chegou."
Também classificou como uma "selvageria" e "falta de respeito" o comportamento dos torcedores e profissionais de imprensa que estiveram no Aeroporto de Cumbica. "Reclamar do aspecto profissional, tudo bem, pois quando ele assumiu a seleção nós já sabíamos que a pressão seria enorme", disse. "Mas vocês envolveram questões pessoais e isso é inadmissível", revoltou-se.
As denúncias da ex-secretária de Luxemburgo Renata Carla Alves foram classificadas como "inverdades". Segundo Josefa, seu marido predispôs-se a corrigir os erros cometidos no passado, sobretudo com relação à Receita Federal. "O Wanderley já falou que vai acertar toda essa parte", confirmou. "Agora, sobre as inverdades que falam dele, até agora não vi nenhuma prova; onde elas estão?", indagou.
O gesto obsceno que Josefa fez na saída do aeroporto, levantando o dedo médio, foi explicado pela autora como a forma encontrada para revidar uma agressão. Ela diz que envolveu-se numa confusão com um jornalista e que esse a teria agredido com o sinal. "Simplesmente retribuí na mesma moeda."