São Paulo - O trabalho realizado pelo projetista da Ferrari, Rory Byrne, deixou o modelo F1-2000 bem mais veloz desde o GP da Itália, a ponto de Michael Schumacher vencer as duas últimas corridas, em Monza e em Indianapolis.
Mas se o carro italiano repetir no GP do Japão, dia 8, o desempenho desta sexta-feira em Mugello, com o próprio Schumacher, a vantagem técnica da McLaren de Mika Hakkinen deverá ser menor que o esperado.
O piloto alemão completou nada menos que 105 voltas no traçado de 5.250 metros, quase o equivalente a dois GPs, e na melhor registrou 1min24s056, novo recorde para carros com pneus com quatro sulcos.
"A exemplo de quinta-feira, esse desempenho de deve à excelente adaptação que conseguimos do chassi aos novos pneus Bridgestone", afirmou Schumacher.
A melhor volta para modelos deste ano em Mugello era a de Olivier Panis, piloto de testes da McLaren, que depois da corrida de Monza, dia 11, estabeleceu 1min24s104. Com o modelo F1-2000 o máximo a que Schumacher atingira foi 1min24s705, em fevereiro ainda, sob temperaturas mais favoráveis.
O recorde absoluto do circuito pertence a Jarno Trulli, que em 1997, quando os pneus eram lisos, bem mais velozes, fez com sua Prost-Mugen Honda 1min23s060. Os mesmos pneus usados nesta sexta-feira pela Ferrari serão utilizados por todas as equipes em Suzuka, na próxima etapa, a penúltima da temporada.
Os japoneses desenvolveram um único composto de borracha para os exigentes 5.864 metros da pista da Honda. "Sem dúvida a aderência proporcionada por eles é maior que com o composto anterior que usávamos", avaliou o alemão. Na quinta-feira ele já havia chegado a 1min24s444.
Rubens Barrichello permaneceu descansando nos Estados Unidos, depois da prova de Indianapolis, de onde embarca para o Japão. Ao contrário da Ferrari, a McLaren realizou treinos secretos e nem mesmo o autódromo foi divulgado. Uma vitória de Schumacher no GP do Japão garante o título para a Ferrari.