Rio - Ao contrário de Wanderley Luxemburgo, que proibia
Rogério Ceni de cobrar faltas na Seleção Brasileira, o técnico Candinho vai
permitir que o goleiro do São Paulo coloque em prática sua especialidade
contra a Venezuela, neste domingo, em Maracaibo. Nesta quarta-feira, Rogério
marcou mais um gol de falta na sua carreira, dessa vez contra o Grêmio.
No entanto, ele só poderá tentar marcar seu primeiro gol pela Seleção
Brasileira a partir da metade do segundo tempo. Antes disso, segundo
Candinho, seria arriscado demais. Os jogadores de defesa da Seleção não vêem
problema em Rogério abandonar o gol para cobrar faltas no ataque. “Posso ficar na defesa como garantia, sem problemas. O Rogério é um ótimo
cobrador e pode decidir a partida em um lance”, disse Antônio Carlos, que
voltará a formar a dupla de zaga com Cléber, seu ex-companheiro de
Palmeiras. “Joguei com ele durante quase quatro anos, por isso espero
conseguir um ótimo entrosamento.”
Nesta quinta-feira, a Seleção ganhou o reforço de alguns jogadores que
entraram em campo pela Copa João Havelange. Havia a expectativa de que
Romário aparecesse em um carro separado, mas ele chegou na mesma van que
Rogério Ceni, Juninho, Juninho Paulista, Euller, Guilherme e Marques.
Embora tivessem a manhã livre, os jogadores pediram ao treinador para descer
ao campo da Granja Comary. O preparador físico Antônio Mello aproveitou a
deixa e realizou trabalhos físicos leves com o elenco.
Para evitar polêmica, Candinho já decidiu que o lateral-direito Cafu será o
capitão do time contra a Venezuela. O jogador minimizou a escolha, afirmando
que a braçadeira sempre traz mais confusão do que deveria. “ As pessoas sempre criam tumulto em torno da faixa de capitão. Estou aqui
para servir à Seleção, independentemente de ser capitão ou não.”