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Circo da F-1 torce por fim do jejum ferrarista
Sexta-feira, 06 Outubro de 2000, 09h34
Atualizada: Sexta-feira, 06 Outubro de 2000, 09h36

France Presse/Arquivo
Se Schumacher perder, não será por falta de torcida

Suzuka - Muita gente dentro da Fórmula 1, como Flavio Briatore, da Benetton, e Alain Prost, da Prost, está torcendo para a Ferrari ser campeã do mundo já na madrugada de domingo, em Suzuka. Mas tanto eles como quase todos os profissionais da área são unânimes em afirmar: se Schumacher conquistar o título que a Ferrari persegue há 21 anos nada irá mudar na Fórmula 1.

Um dos próprios pilotos da Ferrari, Rubens Barrichello, defende a idéia de que é importante sua equipe ser campeã, "para haver alternância de vencedores na Fórmula 1", mas que o resultado não tem importância maior para os próximos campeonatos. "Acredito que o mundo todo curtiria um título da Ferrari", diz ele. "Não é bom para a Fórmula 1 apenas um time, no caso a McLaren, vencer sempre", comenta. "Se vencermos o Mundial, porém, não vai mudar nada no ano que vem."

O francês Alain Prost acha que o importante é a Ferrari ser competitiva. "Hoje a Ferrari está em evidência na Fórmula 1 porque está sempre lutando por vitórias e o título", avalia. "Antigamente, antes da era Schumacher", lembra o piloto, "a última vez que os italianos estiveram perto da conquista foi com ele próprio, em 1990, no mesmo circuito de Suzuka. A Ferrari distante dessa luta é ruim para a Fórmula 1, agora não me parece que seja imprescindível que seja campeã."

Prost acredita que a escuderia que lhe fornecerá motores a partir do ano que vem merece o título. "Trabalharam muito bem." Se a Ferrari conseguir quebrar o tabu de 21 anos sem ser campeã será ruim para a Fórmula 1 na opinião do sempre outsider Jacques Villeneuve, da BAR, que pintou os cabelos de vermelho para homenagear os italianos.

Seu pai, Gilles Villeneuve, morreu em 1982, na Bélgica, em um carro da Ferrari. "Para a Fórmula 1 é mais interessante que Schumacher não seja campeão, a fim de manter vivo nos torcedores esse fanatismo, essa vontade de que um dia a Ferrari conquiste o título." O brasileiro Luciano Burti, da Jaguar, também questiona se será de fato bom para a Fórmula 1, pelo mesmo motivo apontado por Villeneuve.

Do ponto de vista comercial, ao menos com os automóveis da marca Ferrari, vencer o Mundial representará pouco. Luca di Montezemolo, presidente da empresa desde 1992, vem afirmando que a estabilidade da produção em 4 mil unidades por ano é uma forma de valorizar o produto. Os concessionários solicitam cada vez mais carros para vender, mas suas cotas têm sido as mesmas. "Talvez esse título, se vier, reafirme ainda mais o mito Ferrari, apenas isso", diz uma fonte da equipe.

Ao mesmo tempo em que a Ferrari é um motivo de honra nacional na Itália, para o sócio da Minardi, Giancarlo Minardi, a outra escuderia italiana da Fórmula 1, a Ferrari é um problema. "No nosso país só existem eles", afirma. "É difícil convencer empresas da Itália a investir nos nossos projetos por causa da Ferrari." Giancarlo pensa que se Schumacher for campeão haverá um aumento do interesse pela Fórmula 1 mas apenas na Itália. "No resto do mundo permanecerá igual." Para o automobilismo italiano as repercussões podem ser positivas, argumenta.

Os esportistas do mundo todo gostariam de ver a melhor equipe e o melhor piloto serem campeões. A afirmação é de Daniele Audetto, ex-diretor esportivo da Ferrari, em 1976 e 1977, quando Niki Lauda conquistou seu segundo título. "Mais gente virá aos autódromos, mais pessoas assistirão às corridas na TV, mais patrocinadores se interessarão em investir na Fórmula 1, enfim, será bom para todos", diz. "A Ferrari é 50% da Fórmula 1."

Como a maioria, Giancarlo Fisichella, da Benetton, e Heinz-Harald Frentzen, da Jordan, acreditam que, a não ser na Itália, nada irá se alterar na Fórmula 1 no caso de uma conquista da Ferrari, nem mesmo o interesse. "A cada ano, independente da Ferrari ser campeã, os números de audiência da Fórmula 1 crescem", lembra Frentzen.

Agência Estado


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