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Europa libera propaganda de cigarro
Sábado, 07 Outubro de 2000, 12h54
Atualizada: Sábado, 07 Outubro de 2000, 12h59

Suzuka (Japão) - A surpreendente decisão de sexta-feira da Corte Européia de Justiça, de autorizar novamente a publicidade de cigarros no continente, se refletiu apenas neste sábado na Fórmula 1, em razão da diferença de fuso horário com o Japão. Os donos ou diretores das equipes evitaram o tema, alegando desconhecer os detalhes da mudança histórica, mas alguns não esconderam sua satisfação. "É uma grande notícia para o esporte, em especial para a Fórmula 1", afirmou Craig Pollock, sócio da BAR, time em que 50% pertencem a uma companhia tabagista, a British American Tobaco.

Nem sempre um tema de elevado interesse coletivo na Fórmula 1, como agora, é capaz de gerar uma mobilização dentre os seus profissionais. Por mais incrível que possa parecer, ninguém conhecia em detalhes o que a Corte Européia de Justiça havia decidido. Nem mesmo Pollock, cuja escuderia deveria ser a primeira a dominar as novas determinações.

"Há um acordo entre nós, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Comissão Européia (CE), de proibir a propaganda de cigarros na Fórmula 1 a partir de 2007", recorda. "Mas se a lei nos facultar a possibilidade de permanecer expondo nossas marcas, não vejo razão para não fazermos”. Já para o diretor de marketing da Jordan, time patrocinado pela Benson and Hedges, o irlandês Mark Gallagher, a nova postura da Corte não altera em nada o que já está definido pela FIA. "Há pouco mais de uma semana, Max Mosley (presidente da entidade) anunciou que poderemos divulgar nosso patrocinador até 2006 e assim será feito”.

A cada ano as empresas tabagistas vêm diminuindo sua participação no orçamento das equipes, explica. Gallagher faz um comentário surpreendente: "Assim como alguns times irão perder patrocinadores, com a proibição a partir de 2007, outras empresas estão apenas aguardando esse momento para entrar na Fórmula 1”. O especialista em marketing da Jordan dá até nomes: "As companhias norte-americanas, em especial, não gostam de vincular-se a eventos onde são permitidas essas propagandas", diz. "A Coca Cola, por exemplo, está pronta para entrar na Fórmula 1, desde que não haja mais publicidade tabagista."

A Philip Morris expõe a marca Marlboro nos carros da Ferrari. "Nossa relação com eles é ótima, se puder continuar será bom para os dois lados", comenta Claudio Berro, assessor do presidente da Ferrari. "Cerca de 40% do nosso orçamento são originários dos patrocinadores, onde a Philip Morris é o principal”. Ao contrário do que defende Gallagher, para Berro a determinação de proibir a propaganda de cigarros, a partir de 2007, poderá ser revista pela FIA caso a Corte Européia de Justiça confirme a decisão de sexta-feira. "Vivemos num processo evolutivo", argumenta o italiano.

Apesar de todos os protestos que deverão acompanhar a polêmica decisão da Corte, bem como a substituição das companhias de cigarros por outras empresas, como patrocinadoras da Fórmula 1, já foi possível compreender que, se for mesmo possível, as pressões em cima de Mosley para rever a proibição a partir de 2007 serão cerradas. "Muitos patrocinadores retornarão à Fórmula 1, não tenho dúvida", afirma Flavio Briatore, diretor da Benetton, time que recebe investimentos da Japan Tobaco, dona da marca Mild Seven, exposta no carro. "Só não sei como ficará o acordo já estabelecido entre Mosley e a Comissão Européia para a permissão da propaganda até 2006”.

O dono da menor organização da Fórmula 1, Giancarlo Minardi, comentou em Suzuka não compreender mais nada. "Uma semana depois de nosso presidente divulgar o acordo da proibição surge alguém proibindo a proibição”. A Minardi não tem investimentos de empresas tabagistas, mas uma medida dessas abre perspectiva para recebê-los. "Por enquanto, quem deve estar gostando muito dessa história são os grandes times, Ferrari e McLaren, que contam com a publicidade de cigarros”. Há um erro conceitual na política da Comissão Européia na visão de Minardi: "Se o cigarro faz tão mal, proíbe então o fumo e não a propaganda do cigarro”.

Essa é a mesma opinião do piloto brasileiro Luciano Burti, que na próxima temporada será o companheiro de Eddie Irvine na Jaguar. "Quando retornarmos à Europa, depois da Malásia, as coisas estarão mais claras e algumas decisões importantes poderão ser tomadas", fala Craig Pollock, da BAR. "A notícia nos pegou de surpresa e nos faltam mais informações”.

Agência Estado


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