BH - A diretoria do Atlético-MG negou, nesta quarta-feira, ter feito convite ao ex-técnico da seleção brasileira Wanderley Luxemburgo para substituir Carlos Alberto Parreira no comando da equipe.
Informações divulgadas pela imprensa mineira deram conta que Luxemburgo teria sido contatado pelos dirigentes atleticanos na noite de terça-feira e teria respondido que, no momento, não estava interessado.
O treinador teria argumentado que pretendia dedicar-se a limpar seu nome, envolvido em denúncias de sonegação de impostos, antes de assumir qualquer compromisso. Em 2001, porém, estaria disposto a voltar a conversar com o clube mineiro.
"As pessoas que disseram que houve esse convite devem ser as mesmas que anunciaram que Romário viria para o Atlético, há pouco tempo", disse, ironicamente, um dirigente do Alvinegro mineiro.
Em entrevista a uma rádio de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira, o presidente do Atlético, Nélio Brant, fez críticas aos dois últimos treinadores do time - Márcio Araújo, que saiu após a conquista do campeonato estadual, e Carlos Alberto Parreira. Os dois deixaram Belo Horizonte alegando pressão de torcedores e brigas políticas internas no clube, além do não cumprimento de promessas dos diretores, como estabelecimento de parceria com a iniciativa privada e manutenção dos salários em dia.
"O cara, para treinar o Galo, tem que ser macho", disse o presidente. "Eles tiveram medo; aqui a torcida cobra mesmo e para agüentar tem que ter coragem."
Brant também confirmou que o auxiliar-técnico e treinador interino da equipe, Valdonedo Xavier, pode ser mantido no cargo, caso obtenha bons resultados nesta quarta-feira à noite, contra o Gama, e, possivelmente, contra o São Paulo, sábado.
Isso não significa, porém, que o Atlético tenha desistido de contratar um técnico de renome. O próprio Giba, demitido pelo Santos e substituído por Parreira, na equipe paulista, pode ser anunciado.