Rio - Depois de conseguirem que a Fifa revisasse a pena aplicada sobre o meia Erwin "Platini" Sánchez, os bolivianos se vêem às voltas com outra polêmica envolvendo o jogador do Boavista, de Portugal.
Ele não se apresentaria a tempo de passar pelo período de adaptação à altitude de 3.600 metros de La Paz, o que faria o técnico Carlos Aragonés abrir mão de sua convocação para a partida contra o Uruguai, dia 15 de novembro, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2002.
Sánchez cumpriu suspensão de seis partidas nas Eliminatórias, depois de dar uma cabeçada no árbitro peruano José Arana, na segunda rodada, em que Bolívia e Colômbia empataram por 1 a 1. Segundo comunicado inicial da Fifa, ele teria que ficar mais um jogo de fora, mas a Federação Boliviana de Futebol agiu rápido e conseguiu provar que a entidade máxima do futebol mundial estava equivocada.
O problema atual é que o Boavista está exigindo a presença de Sánchez na partida do dia 10 de novembro, contra a Roma, pela Copa da Uefa. Desta forma, ele só poderia se apresentar a dois ou três dias do jogo contra os uruguaios.
Por este mesmo motivo, Aragonés já deixou de convocar outros astros do futebol boliviano, como Marco "El Diablo" Etcheverry e Jaime Moreno.
Aragonés não confirmou, mas a tendência é que o goleiro titular da seleção, Mauricio Soria, não seja chamado, em razão de sua briga com o meia Julio César Baldivieso. Outro que não estará na lista que será divulgada nesta quinta-feira é o meia Mauricio Ramos, do New England Revolution, dos Estados Unidos, que renunciou à convocação.
Na tabela de classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2002, a Bolívia está na nona posição, com oito pontos.