Campinas - A partida desta quinta-feira à tarde entre Guarani e Ponte Preta, pela Copa João Havelange, levou a Polícia Militar de Campinas a montar um super esquema de segurança. A PM quer evitar a repetição de incidentes como os registrados no primeiro semestre deste ano quando, após uma partida válida pelo Campeonato de Juniores, vários torcedores e policiais ficaram feridos em uma sucessão de conflitos.
A preocupação é tanta, que a cúpula da PM chegou a sugerir a realização da partida em outra cidade e fez uma ameaça aos clubes. Se novos conflitos se repetirem nesta quinta, a corporação vai tentar impedir a realização de outros jogos das equipes em Campinas.
O esquema montado pela polícia conta com apoio de viaturas, motos, pelotão de choque, cavalaria e helicóptero. Haverá também câmeras de vídeo dentro e fora do estádio para vigiar os torcedores. A Polícia Civil vai também colaborar, ao montar um posto avançado dentro do estádio, com a presença de delegado, investigador e escrivão. Todo o esquema de segurança foi traçado e discutido com a diretoria e chefe das torcidas dos dois clubes.
A entrada e divisão da torcida no estádio receberão atenção especial. Os espaços foram bem divididos, pois a polícia pretende evitar o confronto dos torcedores dentro e fora do estádio. A PM vai isolar também o Brinco de Ouro num raio de dois quilômetros para impedir tráfego de veículos e o acesso de torcedores sem ingressos. Os portões do estádio serão abertos às 12 horas, portando quatro horas antes do início do jogo.
O dérbi - marcado para as 16h - é considerado uma competição paralela para saber quem é o melhor de Campinas. Todos os 25 mil ingressos colocados à venda se esgotaram nesta quarta-feira.
A Secretaria Municipal de Esporte oficializou a tradição, ao oferecer um troféu para a equipe vencedora deste jogo. A última vitória da Ponte sobre o Guarani foi por 2 a 0, no dia 3 de maio de 1987.