São Paulo - A parceria entre Palmeiras e ISL, empresa suíça de marketing, ainda está longe de ser fechada. Embora o presidente Mustafá Contursi tenha feito um coquetel, em setembro, para anunciar à imprensa a possibilidade de se fazer um contrato com o grupo suíço, o negócio está atrasado. “O negócio ainda está muito cru”, disse um conselheiro, que preferiu não se identificar.
Mesmo que o Conselho Deliberativo e o Conselho Fiscal do clube aprovem o protocolo de intenções feito pela empresa, ainda existem alguns pontos de discordância entre as partes. A parceria com a ISL teria duas utilidades: bancar a modernização do Palestra Itália e ajudar a trazer um patrocinador. Falta, contudo, consenso em relação ao tempo que a empresa poderá ser sócia do clube no estádio.
O Alviverde não admite em hipótese alguma que seu futuro parceiro utilize o local de maneira vitalícia.
“Se fôssemos levianos, já teríamos o estádio pronto, porque houve empresas que quiseram fazer parceria para a reforma do estádio. Mas queriam uma sociedade para sempre e, assim, nós não aceitamos”, comentou Carlos Bernardo Facchina Nunes, conselheiro vitalício, e um dos membros da comissão que estuda a parceria.
Ele lembrou que o Ajax tem um dos mais modernos estádios do mundo, o Amsterdã Arena, mas que a empresa parceira na construção é dona de cerca de 85%. O clube fica com o restante. Outro ponto que pode prejudicar a parceria entre Palmeiras e ISL é a mudança de parte da diretoria do grupo suíço. Apesar dos problemas, os dirigentes ainda acreditam que o acordo será feito.
Facchina fez questão de ressaltar que o Palmeiras não tem pressa para fazer a parceria. “Temos uma grande estrutura hoje”, resumiu. O clube tem cerca de R$ 50 milhões em caixa, uma raridade no futebol brasileiro. O conselheiro foi ainda mais longe: “O Palmeiras será o maior clube do mundo nos próximos dez anos. Vai superar o Barcelona com folga.”
Segundo Facchina, as especulações de que Gamarra e Denílson podem ser contratados no próximo ano por terem o passe preso à ISL não têm procedência. “Essa parceria não tem nenhuma ligação com o departamento de futebol.”