CAPA ESPORTES
 ÚLTIMAS
 FUTEBOL
 FÓRMULA 1
 AUTOMOBILISMO
 TÊNIS
 BASQUETE
 VÔLEI
 Últimas Notícias
 Liga Mundial
 Grand Prix
 Circuito Brasileiro
 de Vôlei de Praia
 Circuito Mundial
 de Vôlei de Praia
 SURFE
 AVENTURA
 MAIS ESPORTES
 COLUNISTAS
 RESULTADOS
 AGENDA



 ESPECIAIS






 FALE COM A GENTE



 SHOPPING



Vôlei
ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Bernardinho decide qual seleção vai comandar
Domingo, 05 Novembro de 2000, 18h26
Atualizada: Domingo, 05 Novembro de 2000, 18h29

São Paulo - Aos 41 anos, Bernardo Rezende está em uma condição que nunca antes um técnico de vôlei conseguiu. Em vez das constantes ameaças de demissões que pairam sobre os treinadores, Bernardinho pode escolher qual seleção vai comandar. Tem a opção de encarar dois desafios: o de continuar à frente da equipe feminina e o de comandar a volta da seleção masculina aos pódios de mundiais e olimpíadas.

O "queridinho" das seleções vai dar resposta à Confederação Brasileira (CBV) até o fim desta semana. Mas o que pensam o público, os técnicos, os amigos, os familiares? Qual seleção Bernardinho deve assumir?

Em uma reunião com o presidente da CBV, Ary Graça, e com Paulo Márcio, o responsável pelas seleções na entidade, ao voltar da Olimpíada de Sydney - com a medalha de bronze ganha com as garotas -, o técnico ouviu o convite para assumir a seleção masculina. "Na minha cabeça eu continuava técnico do feminino e tinha alguns planos de como poderíamos seguir nessa estrada, continuar entre os melhores do mundo com a saída de mais algumas jogadoras - já que a renovação é um processo", afirmou Bernardinho. Ele também estava concentrado no projeto do Rexona, no Paraná.

Diante do convite para o cobiçado cargo, porém, Bernardinho teve de pensar. Foi ouvir os amigos, familiares e, principalmente, pessoas ligadas ao vôlei, como Montanaro, Renan, José Roberto Guimarães, Bebeto de Freitas e integrantes da comissão técnica da seleção feminina. Nas ruas, divulgado o convite, as manifestações do público passaram a ser espontâneas.

A forte ligação, até mesmo afetiva e sentimental, criada entre ele e o vôlei feminino, após sete anos, faz o público, as amigas da mãe, inclusive, achar que Bernardinho deve ficar com o time feminino. "Acho que se houvesse um 0800, 90% dos votos seriam para eu permanecer", acredita Bernardinho.

As pessoas ligadas ao vôlei o que dizem? "Para eu ir para a seleção masculina. A própria Fernanda (Venturini) acha isso", admite o treinador. A levantadora, sua mulher, entende que seria um desafio novo, enorme, diferente, que traria motivação, o que se encaixa com a personalidade de Bernardinho. "O Montanaro e o Renan são meus amigos desde o juvenil, mas também fiz questão de ouvir o Zé Roberto, uma pessoa com quem tive menos contato ao longo destes 20 anos, mas que fiz questão de consultar", comenta. "Todos acham que posso ter uma trajetória de muito sucesso no masculino, que tem tudo a ver." O próprio Zé Roberto mudou do feminino para o masculino com sucesso.

E a CBV por que convidou Bernardinho? "Foi exatamente isso o que eu perguntei", lembra o treinador. "Fico pensando o que eu sei mais de vôlei que o Radamés ou qualquer outro?", indaga. A CBV acha que Bernardinho pode colocar o “espírito” brigador à disposição do vôlei masculino. "Não é que vou levar algo que o time não tenha", disse. "Vou levar um estilo que é meu."

Detalhes - E Bernardinho o que acha? Afirma que faltam acertar detalhes com a CBV - salário, condições de trabalho, equipe técnica, etc. Mas antes, ele está procurando uma "resposta interna". Na sua avaliação, o desafio da seleção feminina é o mesmo da masculina - apenas teria de mergulhar com mais profundidade no mundo do vôlei masculino para conhecer detalhes. No feminino, após sete anos, tem conhecimento de sobra, mas o desafio seria seguir com a renovação.

E os jogadores o que dizem? Aprovam Bernardinho. "É claro que me invaidece, mas, na minha cabeça, é motivo de mais responsabilidade do que de orgulho", ressalta. "Essa história de obrigação de dar alegria ao povo brasileiro... Eu vejo assim: a obrigação é trabalhar muito duro, as pessoas terem consciência que fizemos o melhor", prossegue. "Um mal resultado é perdoado quando há luta, dedicação e entrega, mas não é aceito se falta carinho com o projeto."

Com Bernardinho, segue a filosofia do trabalho e responsabilidade. As meninas aceitaram o compromisso. "Será que os jogadores da seleção masculina vão ter a opinião que eu sou o mais indicado para o cargo quando exigir deles da forma como exijo das meninas, quando convocar uns e deixar de chamar outros?" Quanto as meninas, Bernardinho também tem dúvidas. "Será que não chegou o momento delas terem um espaço diferente e alçarem vôos mais independentes?"

Agência Estado


Copyright© 1996 - 2000 TERRA. Todos os direitos reservados. All rights reserved.
Aviso Legal

 

 VEJA AINDA
Seleção feminina
Brasileiras conhecem rivais no Grand Prix
Maurício culpa Radamés, enquanto Tande divide responsabilidade
Meninas e meninos brigam por Bernardinho
Bernardinho empurra definição sobre seleção para 2001
Veja lista completa
Seleção masculina
Brasil pega Holanda, EUA e Alemanha na Liga Mundial
Sem medalha no masculino, Brasil perde chance de ouro
Meninas e meninos brigam por Bernardinho
CBV estuda seis nomes para o comando da seleção masculina
Veja lista completa